terça-feira, 30 de novembro de 2010

Continuamos com a tradução livre e interpretação de trechos do livro.
"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" Liana Urichuk with Dennis Anderson, The Chimo Project.

Escreva nos comentários sua opinião sobre os textos...!!

"Um animal, pode ser, um ser vivo em que as pessoas possam desenvolver uma ligação emocional. As pessoas podem se beneficiar em dar ou receber carinho de um animal. Elas também podem experimentar interações previsíveis com o animal que podem ajudá-las a aprender sobre si mesmos e sobre os outros.
Como os animais podem ser ouvintes que não julgam e possuem uma aceitação incondicional, as crianças recorrem frequentemente à animais para ser o seu apoio social (McIntosh, 2002). Estudos têm demonstrado que as crianças regularmente se confidenciam com seus animais de estimação quando têm um problema, e brincam com ele quando se sentem estressados (Covert, Whiren, Keith, e Nelson, 1985). Isto também ocorre com os adultos.
De acordo com uma pesquisa anual de âmbito nacional realizada pela American Animal Hospital Association, quase metade dos 1.252 pesquisados indicaram que eles são emocionalmente dependentes de seu animal de estimação. Além disso, 83% disseram que seria provável que colocariam em risco sua própria vida pelo seu animal de estimação, 89% acreditam que seus animais de estimação compreendem a totalidade ou parte do que dizem, e cerca de 30% disseram que passam mais tempo com seu animal de estimação do que com família ou amigos (Interactions, 1998) "


“Muitas pessoas têm dificuldade em expressar suas emoções. Muitas vezes, pessoas com problemas de saúde mental acham que seus sentimentos são errados e que eles não devem sentir “estas” coisas. Eles também podem ter aprendido que os outros consideram seus sentimentos sem importância. Isso pode levar a confusão ou culpa quando certas emoções reincidêm e conseqüentemente, a supressão destas emoções. Interagindo ou observando um animal os indivíduos percebem que é normal ter emoções.”





“Os animais estão em uma situação única de demonstrar as emoções e comportamentos que podem não ser considerados profissionalmente adequados pelos terapeutas de saúde mental. Por exemplo: apesar do "toque" ser uma necessidade básica no desenvolvimento humano, vivemos em uma sociedade onde as pessoas costumam evitar tocar uns aos outros. A adequação e segurança do toque é algo muito debatido mas com frequencia sem resolução. Assim, muitos profissionais de saúde mental tentam evitar o contato físico com seus clientes. Contatos com animais de companhia, no entanto, são uma maneira segura dos indivíduos poderem experimentar os benefícios físicos e emocionais do “tocar”. O calor e a segurança de um cão que está sentado ao seu lado ou que tenha a cabeça no seu colo proporciona um "toque" que está faltando na vida de muitos pacientes. Quando Sharon Smith estudou as interações entre dez cães e seus familiares, ela descobriu que os animais de estimação são uma saída socialmente aceitável para homens e mulheres para tocar, acariciar, arranhar e dar tapinhas (Smith, 1983). Estes são comportamentos que a maioria dos homens americanos estão relutantes em realizar. Assim, segurando ou acariciando um animal durante a terapia, o animal pode proporcionar conforto físico e relaxar todos os pacientes, independentemente do gênero. “


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Escolas alemãs usam cães para impulsionar notas dos alunos

Essa postagem marca a estréia da EAC (Educação Assistida por Cães) na Equipe TAC.
Escolhemos esse artigo para mostrar que, na Europa, a EAC é uma realidade desde os anos 90 e está presente em 120 escolas, só na Alemanha. Agora estamos desenvolvendo esse trabalho aqui no Brasil e, aos poucos, vamos dividindo nossas vivências com vocês.
A EAC beneficia crianças e jovens no mundo todo a superar dificuldades de aprendizagem, tornando os processos de aquisição mais prazerosos, pois trabalha com as potencialidades de cada aluno assistido.
Nesse momento, a Equipe TAC solta os cachorros para que nossas crianças e jovens aprendam com cães que curtem livros, cadernos, apostilas, lápis, borrachas, esquadros.....



German schools use dogs to boost pupils' grades

KARLSRUHE, Tuesday 21 September 2010 (AFP) - After rescuing stranded people in mountains and hilly terrain and guiding the blind, dogs are now being used in German schools to boost performance in the classroom.
Despite a grainy, grey September morning, the mood is upbeat in a class in Karlsruhe in south-western Germany: and that's largely because Paula -- a six year-old Golden Retriever -- is here.
"Paula, come here," the students cry out one by one as she brings them question papers strewn on the floor. The papers have cork caps so that the canine can access them easily.
Each student pats Paula when she fetches them a paper and rewards her with a croquette.
"Its a pleasure to go to the blackboard, even for maths," said Meryem, a 12-year-old.
"We are all responsible for the dog," added Sergen, 13.
"We cannot disturb her when she is in her corner, we cannot throw things on the floor because she might eat them and we have to see that there is always water in her bowl," he added.
Some parents were sceptical at the start, said teacher Bettina Brecht who has been bringing her dog to the classroom for the past five years.
"Some would ask whether their children would learn anything at school and others were scared their children would be bitten."
But Paula has convinced the doubters, she said.
"A dog breaks the ice between teacher and pupil," Brecht said, adding that she had also helped boost the students' confidence.
Dogs are being brought into some German schools since the end of the 1990s and there are about 120 institutions welcoming canines. They range from primary schools right up to high schools, said Lydia Agsten.
Agsten, who teaches handicapped children at a special facility near Dortmund, however said the figure was an estimate as this phenomenon was not officially recognised in the German educational system.
But some say there is no clear link between canine presence and better grades.
"For the present there is nothing to definitely show that dogs have an impact on students' progress," said Susanne Wille, who is doing a doctorate on the subject.
http://www.mysinchew.com/node/45268?tid=14

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Trechos do Livro "Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" 02

"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" Liana Urichuk with Dennis Anderson, The Chimo Project.

Escreva nos comentários sua opinião sobre os textos...!!



“A presença de um animal pode ajudar as pessoas a superar seu desconforto com a deficiência de outra pessoa e, assim, conduzir a interação social de forma positiva. Principalmente com as crianças”

“Observando o relacionamento amoroso entre o animal e o terapeuta, pode fazer com que o paciente reconheça como o terapeuta é cuidadoso e dedicadopode. Esta observação pode, por sua vez, reforçar o desenvolvimento do relacionamento com o terapeuta”

“Os animais parecem diminuir a timides e “reserva” inicial que as pessoas podem ter sobre a introdução da terapia. O animal tende a ser um "lubrificante social" ou "quebra-gelo", efeito este que pode auxiliar na conversa entre o terapeuta e o paciente, através da promoção de uma atmosfera relaxada e amigável (Corson, O'Leary Corson, Gwynne & Arnold, 1977;
Mayes, 1998; Belas, 2000). Em um artigo pioneiro sobre o uso de animais no tratamento de crianças com transtorno de comportamento, Levinson (1965) comenta que trazer um animal no início da terapia com freqüência ajuda o paciente a superar sua ansiedade sobre a terapia. Da mesma forma, os terapeutas do Projeto Chimo acham que trabalhar com um animal ajuda a aumentar a interação durante a terapia. É fácil de fazer perguntas sobre um animal, mesmo
se elas sendo muito gerais. Isso faz com que os pacientes se sitam envolvidos e eles quase sempre têm uma própria história sobre o seu animal de estimação para contar (Polzin, comunicação pessoal, 2002). Polzin observou que o cachorro seu prórpio cão, Jake, também ajuda a incentivar os contatos visuais com os pacientes. Sigmund Freud foi certamente um entusiasta dos efeitos positivos que os animais poderiam ter na terapia,
embora ele não tenha escrito sobre este tema, ele era conhecido por freqüentemente ter seus cães com ele durante as sessões de terapia.”

sábado, 6 de novembro de 2010

Prêmio Dr. Cidadão

Hoje fomos a entrega do Premio Dr. Cidadão,da Associação Paulista de Medicina, IPq-HC e TAC concorrendo com o Proj. Cães e crianças Autistas.





Inicio da solenidade, após a apresentação de diversos Excelentissimos Sr. Dr. percebi a importancia do Premio, e na hora tive o pensamento ..... acho que não vamos ganhar nada..... explicadas as regras da premiação do 6º lugar ao 4º menção honrosa 3º 2.000,00 2º5.000,00 1ºlugar 10.000,00 .
Logo iniciou no telão o 6º lugar e para minha surpresa ouço o nome do Projeto Cães e Crianças Autistas.....fiquei muito surpreso.
Haviam mais de 20 excelentes projetos, o que mais me surprendeu não foi a qualidade do nosso trabalho reconhecida por médicos respeitados etc... Mas sim o reconhecimento do trabalho realizado com os cães, a aceitação da classe médica sobre o trabalho de terapias assistidas por cães.
Esse premio sem duvida representa um avanço no trabalho da TAC e o reconhecimento do potencial terapeutico dos cães.

Agradeço a psicologa da TAC Ana Luisa C. A. Penteado, ao Dr. Estevão Vadasz e a Dra. Marisol Sendin pelo esforço e dedicação ao Projeto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Trechos do Livro "Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" 01

Irei colocar alguns trechos traduzidos ou resumos do Livro
"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" Liana Urichuk with Dennis Anderson, The Chimo Project.

Escreva nos comentários sua opinião sobre os textos...!!

Desde o início dos anos 1960, houve um aumento no número de profissionais que reconhecem o valor dos animais como uma ferramentas terapêuticas. No Hopital Mental de Lima, Ohio, os efeitos positivos dos animais sobre as pessoas foram descobertos depois que um paciente encontrou um pardal ferido. Sem nenhuma direção ou aprovação, ele começou a cuidar da ave ferida. Outros pacientes, geralmente individuais e retirados, começaram a trabalhar em conjunto para ajudar a cuidar do passarinho. Funcionários reconheceram a mudança positiva nestes internos e logo incorporaram os animais em seus planos de tratamento. Hoje, o hospital em Ohio é o lar de uma grande variedade de animais (por exemplo, cães, gatos, papagaios, cabras, veados e cobras). O hospital também realizou um estudo com 1 no de duração para determinar os efeitos positivos dos animais sobre os pacientes. Curiosamente, verificou-se que os pacientes em enfermarias com os animais presentes usaram apenas metade da quantidade de medicamento que foi usado em enfermarias sem animais. O estudo também demonstrou uma redução da violência e tentativas de suicídio significativamente menor entre os pacientes que estavam em enfermarias com animais, comparados com outras alas (Lee, 1984).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Medo!!!

Tenho medo.....tenho medo da Terapia Assistida por Animais em geral!!
Pq nestes 8 anos de trabalho e dedicação a esta área ja vi muita besteira, muita "cagada" e o pior muita gente sem o mínimo de preparo e bom senso.

Bom senso....aaa se o mundo tivesse bom senso!!

A tb tem as pessoas entendidas do assunto, praticamente especialistas....afinal tem dois cães em casa a mais de 10 anos, ja levou um deles na casa do avô algumas vezes e tambem na escola do filho!!

Hoje vejo muito a TAA igual ao que fizeram com o adestramento, não ha formação, não é reconhecido e tem um monte de oportunista achando que vai ficar rico com este trabalho, afinal cachorro ta na móda!

Muito complicado, pq estes indíviduos acabam fazendo besteira e isso prejudica e muito a divulgação e a construção de bases sólidas das pessoas que realmente querem evoluir na área e se dedicam de corpo e alma ao trabalho.

No meu ponto de vista ha tambem um problema cultural envolvido, tirando os grandes centros do sul e sudeste o cão não tem a mesma relação na sociedade que temos por aqui. Principalmente no nordeste onde ele ainda é visto como um animal irracional e desprovido de qualquer sentimento, imagina então falar que ele pode fazer bem a sua saúde!!
Outro problema cultural....o que envolve cachorro é festa, é oba oba, qualquer um faz, é facil, não é sério, é brincadeira......este ultimo em especial.
Quantas vezes ja não ouvi:

"esses são os cachorros que vem brincar com as crianças"

"não tem problema é só brincadeira, pode ir embora"

Não vamos para brincar, e mesmo que fossemos para brincar, ha um contexto terapeutico envolvido. Para vc´s terem uma noção, só agora depois de 8 anos na área é que estou desenvolvendo um atendimento com a Flora dentro de um contexto de ludoterapia.

Fóra as pessoas que me olham com aquela cara de:

"nossa esse deve ser rico mesmo em pleno horario comercial fica trazendo cachorrinho para brincar" "não tem mais o que fazer da vida"

Uma das ultimas foi:
Montei um projeto super bacana para treinamento de empresas com habilidades sociais (um dia coloco algo a respeito aqui) excelente, ganhei horas e horas na frente do computador estudando sobre o assunto, participei de reunião com um grupo do IPq que só trabalha com isso, apresentei o projeto para eles avaliarem etc...tudo para fazer o melhor possivel. Felizmente consegui aplicar em um grupo que estava realizando um treinamento no Banco do Brasil.... SUCESSO TOTAL!!!
Passei o projeto para uma pessoa que realiza treinamentos para funcionarios de hospitais, pq finalmente viram que um hospital é como uma empresa e deveria funcionar como tal. Esta pessoa achou o maximo, "nossa é tudo o que eu tento passar para eles" "vamos apresentar para um hospital que estou realizando treinamentos"
Sabe qual resposta ela ouviu:

" vc esta louca isso é um hospital " (Diretor médico infectologista)

"Imagina isso aqui não é hospital público"

A como eu queria estar nesta reunião.....e pedir para o tal Médico Infectologista me falar sobre os riscos de transmissão de um cão dentro de um hospital...duvido que ele saiba 2 zoonoses e formas de transmissão delas.
Alem do outro infeliz....por isso mesmo, por ser um hospital particular vc tera um diferencial magnifico, algo que só hospitais da Europa e USA possuem!!!coisa de primeiro mundo mané!!

Esta é outra cultura que envolve a TAA, a cultura do voluntariado.
Primeiro que infelizmente a própria cultura do voluntariado em nosso pais é uma catastrofe, as pessoas simplesmente acham que é ir la quando der, quando querem sorrir e ja fizeram sua parte por um mundo melhor!!!

O Tradicional é:

"vc não pode trazer os cachorrinhos aqui para os velinhos se distrairem um pouco"

As pessoas não tem noção sobre o problema que isso pode trazer, imagina que legal, vou la levo os cães realizamos a atividade se cria um vinculo afetivo comigo e com os cães (afinal é esse o objetivo e é através do vinculo que conseguimos os beneficios) e.....nunca mais volto! Ai as pessoas não sabem pq tem alguns idosos dentro de instituições que são arredios e não querem conversa com ninguem, vai ver é pq ele ja perdeu quase tudo em sua vida, sua moradia, individualidade, roupas, horarios que gosta de fazer as coisas, familiares, sociedade...e ai aparece alguem que ele começa a se vincular emocionalmente que conversa com ele e da atenção....mas um dia esta pessoa simplesmente some sem nenhuma explicação, ai ele pergunta para os profissionais que la trabalham pela pessoa e eles repondem "era uma voluntaria....não vem mais não, ela arrumou um compromisso e não pode mais vir"

Por isso acho muito complicado ações pontuais.....da para se fazer? da...mas com muito cuidado e sempre deixando tudo muito claro aos participantes.
Eu particularmente não faço.

A ....tem tb os estudiosos do assunto, alunos assim como eu fui que querem fazer os eu trabalho de conclusão de curso no tema....mas não se dão ao trabalho de pesquisar ou ao menos mudar as palavras da minha tese que eu com toda boa vontade passei para eles utilizarem como referencia e NÃO para copiarem!! Mas em graaande parte isso é culpa das faculdades que hoje em dia parecem mais lojinha de 1,99 onde é só vc passar na prateleira e comprar o seu diploma. Quantas vezes ja não tive que explicar para os alunos destas universidades o que é Comite de Ética em pesquisa. Como pode uma Universidade que possue até cursos de pós graduação não ter um comite de ética!?



Por estas e muuuitas outras tenho medo!!! Medo da banalização da TAA e TAC, Medo das besteiras e estragos irreparaveis que podem ser causados por estas pessoas, oportunistas de plantão ou ignorantes assumidos e atestados.

Eu tb fui um ignorante no assunto, tb não sabia nada a respeito....mas corri atras de quem sabia, pesquisei, li e bato cabeça até hoje atrás de informações que possam me auxiliar e crescer.....



Mas sou cabeça dura e apaixonado pelo que faço, ja lutei contra muita coisa para conseguir o meu objetivo de trabalhar exclusivamente com TAC
O medo serve apenas para me ajudar a transformar a TAA e TAC em algo reconhecido e respeitado como uma forma de medicina complementar. Me lembrando todo dia de disseminar o conhecimento a respeito da TAC para aqueles que vibram como eu com a TAC poderem fazer o melhor possivel pelos pacientes e pelos nossos companheiros de trabalho....os cães!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Analise em vídeo da comunicação, durante a interação com cães, de crianças e adolescentes com DG psiquiatrico.

Analysis of child–dog play behavior
in child psychiatry
Anke Prothmann*, Konstanze Albrecht† , Sandra Dietrich, Ulrike Hornfeck†, Saskia Stieber† and Christine Ettrich*
Anthrozoös, 18 (1) . 2005

Processos de comunicação e seus transtornos desempenham um papel importante
na vida cotidiana. Durante as últimas décadas, pesquisadores têm cada vez mais concentrado suas investigações nestes processos, salientando a importancia da comunicação não verbal para as pessoas "normais" e doentes mentais.
De acordo com Delhees (1994), os sinais não verbais são tão importantes quanto os verbais, principalmente para a expressão de emoções. A comunicação não verbal é dificil de ser influenciada conscientemente, e por isso é menos provavel de ser manipulada pelo comunicador, diferente da comunicação verbal.
Sinais não-verbais podem ajudar o parceiro de comunicação a interpretar informações
transmitidas verbalmente, mas também podem ocorrer sem comunicação verbal.
Ao se comunicar com os animais, nós usamos os meios de comunicação principalmente não-verbal como expressões faciais, gestos, posturas físicas e contatos para expressar nossas emoções. Estes sinais não-verbais são difíceis de fingir ou esconder, por exemplo, as pessoas que tem mêdo de cães não são capazes de esconder esse mêdo por mais que tentem. Por isso, é possível observar uma interação direta entre uma criança e um animal para obter informações valiosas no diagnóstico sobre a criança. A partir do ponto de vista dos autores, os cães são particularmente úteis para esta finalidade. Durante a sua domesticação, os cães desenvolveram um alto grau de compreensão dos gestos e expressões humanas, sendo melhores até mesmo que o nosso parente mais próximo, os macacos.
Esta pode ser uma das razões para que a TAC tornou-se amplamente utilizada.
Um grande número de estudos relatam as alterações do comportamento dos indivíduos na presença dos animais. Vários autores (Corson et al. 1977; Redefer e Goodman 1989) relataram uma melhora na interação social, particularmente em terapias com os cães. Redefer e Goodman (1989) encontraram um aumento significativo na interação social e uma diminuição na solidão e isolamento especialmente em crianças autistas, os benefícios ainda eram mensurável, embora em menor grau, mesmo após a terapia ter terminado.
Nielsen e Delude (1989) realizaram um estudo com crianças em idade pré-escolar utilizando animais reais e de brinquedo. Concluiram que os cães, particularmente, eram excelentes catalisadores sociais.
No entanto, vários autores, tais como Limond, Bradshaw e Cormack (1997) apontam que, até agora, ha poucos e detalhados modelos terapêuticos, seja com fins terapêuticos específicos ou para a melhora das habilidades de comunicação em geral. Permanecendo incerto se as mudanças no comportamento atribuído a TAC continuam ou se generalizam ao longo do tempo. Do ponto de vista dos autores, isso é crucial se quisermos medir os efeitos terapêuticos específicos dentro de um modelo terapêutico. Beck e Katcher (1984), bem como Draper (1990), relatam a falta de métodos adequados de pesquisa como uma razão para a ausência de estudos controlados. Vários autores, incluindo Limond, Bradshw e Cormack (1997), têm favorecido o uso de gravações em vídeos e etogramas para investigar as mudanças de comportamento devido às interações com o cão.
Os dados obtidos através da observação direta em TAC pode ser analisado de várias maneiras: elas podem ser usadas para diagnosticar e analisar os déficits comportamentais (ou excessos)em interações, como uma auto avaliação verbal e também podem servir como terapia controle no pré e pós avaliações.
Neste estudo os autores se propuseram a analisar a interação entre crianças e adolescente com doenças mentais e cães de terapia, utilizando como base a hipótese de Watzlawick,Jackson e Beavin´s(2000)de que um indivíduo sobre o qual nós não conhecemos nada pode ser descrito como uma "caixa preta" e que a interação com esta "caixa preta" com seu meio ambiente podem levar a conclusões sobre o indivíduo. Assim, em nossa situação experimental, cão e adestrador de cães foram considerados como estímulos de interação, incentivando especialmente a criança em suas habilidade não verbais. Tomando o trabalho de Olson e Ryder (1970) como referência para o estudo, foi preciso criar uma condição de teste para que as crianças e adolescentes mostrassem suas reações espontâneas e autênticas, provocando específicos padrões de comportamento para diagnòstico. Também precisavam de um método que não requer equipamento especial e foi um dos que poderiam ser facilmente explicável e intuitivamente entendido. Os Autores queriam provocar o comportamento da criança sem que o experimentador desse instruções importantes ou sendo continuamente presente, para que a criança ficasse seriamente empenhada em sua tarefa. A situação de teste desenvolvida com o cão atende a todos estes requisitos.
De acordo com estudos observacionais publicados até à data, incluindo resultados de um estudo piloto de uma interação cão com 18 pacientes (Prothmann,
Schaumberg Ettrich e 2004), parece existir uma grande variedade de estilos de interação dependendo do problema da criança. As diferenças observadas consideram as posturas preferenciais tomadas durante a sessão de terapia com o cachorro, o tipo
e intensidade do contato com o cão e adestrador de cães e comportamento visual.
O estudo teve dois objetivos: 1) desenvolver um inventário adequado para a análise do
comportamento de uma criança ao interagir com um cão e 2) empregar este
inventário para examinar como transtornos mentais influenciam a criança em suas habilidades não-verbais de comunicação. O estudo também analisou precisamente
como os padrões de interação observados podem predizer a doença de uma criança.

Métodos

Participantes:
Um total de 40 crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 19 anos, que
estavam sobre tratamento psico-pediátrico e participantes de TAC foram incluídas no estudo. Os pais assinaram um termo de concentimento para a participação do estudo.
Os critérios de inclusão foram o diagnóstico de qualquer transtorno de ansiedade, anorexia nervosa, bulimia nervosa ou autismo, cumprindo os critérios da CID-10, e tendo que participar de uma sessão inicial de pelo menos 25 minutos. Haviam dez pacientes em cada grupo diagnóstico. Estes distúrbios foram escolhidos porque estão claramente definidos e coerentes e por serem diagnosticados com precisão.
Além disso, observações anteriores haviam mostrado que houve clara comunicação diferenciada nas crianças que sofrem destes problemas. Fatores de exclusão foram de fobia ao cão, alergia a pêlo do cão e doenças infecciosas.
O estudo não explorou possiveis diferenças de interação relacionadas a sexo e idade, este deve ser um objeto de estudo separado com participantes saudáveis.
Os cães utilizados na pesquisa eram cães certificados como cães de terapia e companhia: pointers, pastores e terriers.

Procedimentos:
As sessões de terapia foram realizadas no estúdio de vídeo de 25m² do hospital sem mobilia. Estavam presentes no estúdio uma criança, um cão, um adestrador de cães (DH) e uma enfermeira da ala conhecida pela criança (acompanhante, AP). As sessões de terapia foram gravadas por duas câmeras de vídeo (F Panasonic S-VHS 10 Mark II) colocadas diagonalmente opostas e havia quatro microfones direcionais instalados no teto. As câmaras eram controladas a partir de uma sala adjacente e as imagens foram gravadas ao mesmo tempo que eram codificas por um técnico de vídeo.
Todas as crianças tinham os mesmos brinquedos para interagir com o cão à sua disposição. Após uma breve introdução pelo adestrador de cães, as crianças puderam interagir com o cão como elas desejavam. Não houve restrições adicionais ou instruções. Conversas entre a criança e o adestrador de cães ou acompanhante foram
possível, mas não obrigatórias. O adestrador de cães e acompanhante foram instruídos a intervir na interação da criança com o cão somente quando necessário.
As gravações de vídeo foram analisadas usando um software de computador especial
para a análise de interação (Interact ® Version 6.9, Mangold GmbH Arnstorf,
Alemanha) e um gravador de vídeo controlado por PC, que poderia ler códigos de tempo
(VCR Panasonic AG 7355).

Categorias de Codificação e Confiabilidade
Em primeiro lugar, todos os comportamentos das crianças que ocorreram quando elas interagiram com o cão e as pessoas presentes, foram gravados em duas fitas como base para amostra. Em segundo lugar, todos os códigos individuais foram agrupados para formar um sistema de codificação de múltiplos estágios constituídos por quatro categorias principais: postura, contato visual, comportamento em relação ao cachorro e comportamento com relação ao adestrador de cães / pessoa acompanhante (DH / AP).
Os códigos das categorias de comportamento precisam ser simples, de forma inequívoca
identificáveis, e independente da interpretação do observador, mas sendo um documento compreensivel do comportamento de cada criança. Cada comportamento foi codificado continuamente por 25 minutos. Sempre que um determinado comportamento
aparecia, o tipo, a freqüência (contagem) e a duração foram codificados em quadros
e segundos, pressionando definidas teclas de um teclado de computador.
Na categoria "postura", foi gravado em pé / andando, sentado, ajoelhado, de cócoras, deitado, "standing bent forwards" e rastejando. Para "Contato visual", foi gravado se a criança olhou para o cão ou para o adestrador de cães / acompanhante. Na categoria "comportamento em relação cão" foi gravado as tentativas da criança de entrar em contato com o cão: chamar / falar para a interação verbal, acariciando, quando tocar o cão com as mãos, abraço / carinho quando a criança abraçou o cachorro ou se colocou ao lado dele. Como "convite para brincar" foi incluído todas as tentativas da criança de interagir ludicamente com o cão. Com o "distanciamento" incluiu todas as tentativas de fugir do cão como sair de perto, colocando suas mãos na defensiva diante do seu corpo, afastando / levantando as mãos, ou virando a cabeça para o outro lado. Na categoria "comportamento para adestrador de cães / acompanhante(DH / AP)" foi gravado como e quantas vezes o parcerio de interação humano brincou com a criança. Conversando com o adestrador de cães ou o acompanhante ou respondendo às suas perguntas foram codificadas como "conversação"; tocar um deles, segurando-se a eles ou sentado em seu colo foram codificadas como "contato físico com DH / AP".
Todos os avaliadores tinham experiência em codificação de interações humanas e foram
intensamente treinados com vídeos que serviram de exemplo antes de participar da codificação e análise. Cada sessão foi dividida em cinco séries de cinco minutos cada para a análise, as categorias foram codificadas uma após a outra, em quatro diferentes tempos. Com exceção da catewgoria conversa e chamar / falar, a codificação foi feita com o som desligado.
Quatro avaliadores treinados foram utilizados, mas eles não tinham conhecimento dos distúrbios das crianças ou das hipóteses. Para calcular a confiabilidade, um avaliador adicional codificou 20% das gravações de vídeo. O grau de correlação
entre dois examinadores foi estabelecida pelo cálculo de Kappa de Cohen, com o
valores resultantes: a postura de 0,95 (muito bom), contato visual 0,75 (bom),
comportamento para com o cão 0,65 (bom), e para a DH / AP 0,55
(Moderado, Landis e Koch, 1977). A confiabilidade relativamente pobres na categoria "comportamento em relação aos DH / AP" pode ter cido reduzida para a variável conversa, pelos diferentes tempos de reação dos dois avaliadores distorcendo
o resultado.

Procedimentos Estatísticos
Todos os cálculos estatísticos foram realizados utilizando o programa SPSS ® versão 11. Para cada participante, utilizamos as medições da freqüência de eventos (c) e total de duração (s) em questão de segundos durante a sessão de 25 minutos, bem como o resultado média duração (ms = s / c) o comportamento da variável correspondente.

Resultados
Encontramos diferenças significativas entre as alterações em todas as categorias observadas.

Postura:
Os testes de Kruskal-Wallis mostraram que houve diferenças significativas na
duração média da variável em "pé / andando" e na freqüência e duração da categoria "standing bent forwards" entre os grupos de diagnósticos. A postura deitado foi observado em todos os grupos menos no grupo de pacientes com anorexia

Contato Visual:
Testes de ANOVA e Kruskal-Wallis revelaram que foram altamente significativas as diferenças entre os pacientes no total e na média de duração do contato visual
com o cão e em tempo médio de contato visual com DH / AP. As comparações múltiplas mostraram diferenças altamente significativas no comportamento visual para o cão entre o grupo com autismo e outros pacientes. Em média, as crianças autistas olharam para o cão oito minutos a menos do que outros pacientes. O tempo médio de contato visual com o cão também foi significativamente diferente entre os pacientes autistas e bulímicos. Isto é, quando os autistas fizeram contato visual com o cão, o contato teve um tempo menor em relação as crianças com outros distúrbios. A duração média do
contato visual com o AP / a DH em pacientes com anorexia, por outro lado, mostrou significativamente tempos menores de contato visual quando comparado com os pacientes do grupo com transtorno de ansiedade e autistas.

Comportamento em relação ao cão:
Esta categoria reflete como as diferenças na variável "contato visual" afetam o comportamento em relação ao cão. Os testes revelaram diferenças significativas
entre os grupos no total e na média de duração da variável carinho. Ao que se refere ao comportamento de distanciamento do cão, não foram altamente significativas as diferenças entre os grupos, na freqüência, duração total e média de duração. As comparações múltiplas mostraram que novamente os pacientes autistas eram muito diferentes dos outros grupos de diagnóstico: eles acariciaram o cão consideravelmente menos do que as desordens de ansiedade e bulimia. Pacientes com transtornos de ansiedade tiveram a maior duração do carinho de todos os pacientes. Comparado com os pacientes com anorexia, houve uma grande diferença na significância. No grupo com autismo, as fases do comportamento de distanciamento do cão foram maiores do que todos os outros pacientes.

Comportamento em relação a adestrador de cães Pessoa / acompanhamento
(DH / AP):
Esta categoria reflete a comunicação inter-humana. O contato com as pessoas presentes foi importante para as crianças, mas o contato físico com DH / AP só foi observado em crianças autistas. Com relação à variável conversa, houve uma diferença significativa na freqüência e uma diferença altamente significativa no tempo médio de interação verbal entre os grupos. As comparações múltiplas mostram que, nessa categoria, o transtorno de ansiedade e pacientes com anorexia eram diferentes dos
outros dois grupos. Pacientes com transtorno de ansiedade falaram muito menos com as pessoas presentes que os pacientes com bulimia. A duração média do contato verbal também mostrou diferenças entre anorexia, transtorno de ansiedade, pacientes com anorexia e autismo.

Análise Discriminante:
Foi utlizada a análise discriminante, para saber quando e como os dados obtidos de observação poderiam prever o diagnóstico do grupo ao qual o paciente pertencia. Parece razoável empregar as variáveis uma vez que houve uma diferença significante entre os grupos(em valores médios na análise de variância), e incluí-los gradualmente de acordo com sua importância para a função discriminante. As variáveis foram incluídas quando aumentaram significativamente a distância (distâncias de Mahalanobis) entre os grupos mais próximos de diagnóstico.

"......"

Na base das funções acima, 77,5% dos 40 participantes puderam ser atribuído ao seu grupo correto de diagnóstico, 90% dos anoréxicos e pacientes autistas, 70% dos pacientes bulímicos e 60% de disturbios de ansiedade poderiam ser classificados corretamente usando apenas seu comportamento individual de dados. Este resultado é consideravelmente mais elevado do que a probabilidade esperada, a priori, de 25% para cada grupo diagnóstico.
"......"

Discussão

Estilo de interação dos pacientes anoréxicos:
É interessante notar que o comportamento de se deitar aconteceu em todos os grupos menos no grupo de anorexia. Também interessante foi o fato de que os pacientes anoréxicos exclusivamente sentaran-se em cadeiras e nunca no chão, o que parece ser uma diferença de importância qualitativa quando comparados com os pacientes bulímicos. Pacientes anoréxicos tendem a evitar posturas confortáveis, eles preferiram posições desconfortáveis associadas ao maior consumo de energia, por exemplo, de cócoras ou excessivamente curvado para a frente e de pé, e não gostaram de descer ao nível do cão. Isso pode estar relacionado com o medo típico de calorias na anorexia nervosa.
Pacientes com distúrbios de anorexia tendiam a se comunicar menos com DH / AP e exibir seqüências rígidas de interação, com pouca variação. Os encontros
com o cão aparentaram ser bastante estáticos, frios, distantes e insensíveis.

Estilo de Interação do pacientes bulímicos:
Pacientes bulímicos parecem ser os que estavam mais à vontade na interação. Eles estavam mais interessados nas pessoas presentes e puderam iniciar o contato verbal rapidamente, mas a interação com o cão tendeu a ser bastante curta e casual. Embora este estudo não analisou o conteúdo da interações verbais com a DH / AP, gostaríamos de mencionar o fato de que os pacientes bulimicos conversaram com AP / DH em um nível muito mais pessoal e mostraram uma maior consciência de seu transtorno em relação aos pacientes com anorexia. Eles pareciam apreciar a interação verbal e conversaram bastante e com mais freqüência do que outros pacientes. Comparado com o grupo de anorexia, os encontros aparentaram ser mais dinâmicos e bem mais emocionais.

Estilo de interação dos pacientes autistas:
As crianças autistas foram as que mais diferiram dos outros pacientes. As diferenças significativas no comportamento visual e no comportamento com o cão, e a observação de que apenas os pacientes deste grupo procuraram ativamente o contato físico com as pessoas presentes, do nosso ponto de vista isto reflete a gravidade da desordem de sua comunicação e interação.
Embora os pacientes autistas pareciam olhar mais frequentemente o cão do que os pacientes com desordem de ansiedade e pacientes com anorexia, as fases de contato visual foram tão breves e fugazes que a duração total do contato visual com o cão foi 3 vezes menor que a dos outros pacientes. Isso não é surpreendente, devido ao disturbio em relação ao contato visual nas interações sociais ser um dos mais relevantes critérios de diagnóstico no autismo.
Os autistas não podem receber informações suficientes sobre mudanças de comportamento do cão, assim o comportamento do animal permaneceu imprevisíveis para eles. Isso levou-os a procurar ativamente o contato com as pessoas presentes, especialmente com o adestrador de cães, para obter segurança. Este contato reduzido também se refletiu em seu comportamento para o cão: na média, os pacientes autistas acariciaram o cão dois terços a menos do que as outras crianças. A interação de crianças autistas foi caracterizada por consideráveis fases mais curtas de contato positivo com o cão e fases mais longas de distanciamento, comparando com a dos outros pacientes. Do nosso ponto de vista o comportamento das crianças autistas demonstraram um medo típico de alterações e foi também uma expressão da gravidade na desordem de comunicação no autista.


Estilo e Interação dos pacientes com transtorno de ansiedade:
Foram completamente o oposto os tipos de comportamento observados nos paciente com transtorno de ansiedade em relação a todos os grupos de diagnóstico mostrando menores tentativas de distanciamento e menos medo do cão. Foi o contato social inter-humano que pareceu ser mais problemático para eles. Poucos casos de contato verbal
com a as pessoas foram registrados para este grupo, mas, uma vez que havia superado sua timidez inicial e interação verbal teve lugar e a interação durou mais tempo do que com os outros pacientes, o que poderia ser interpretado como uma expressão de confiança crescente. Especialmente pacientes com transtorno de ansiedade utilizam o acariciar prolongado ao cão como uma estratégia de auto-relaxamento para superar
sua timidez em relação as pessoas presentes. Assim, a presença do cão ajudou
estes pacientes a interagir com as pessoas presentes.

Conclusões
Com base nos comportamentos codificados, foram encontradas em todas as categorias de observação diferenças significativas nos valores médios entre os grupos de pacientes. Pacientes com diferentes diagnósticos mostraram diferenças em suas comunicações não-verbais e interações com o cão e com as pessoas presentes. Usando a análise discriminante sobre as medições destes diferentes padrões de interação, quase três/quartos de todos os pacientes poderiam ser atribuídos aos grupos diagnóstico correto.
Em resumo, as conclusões são as seguintes:
1. O caráter altamente estimulante do cão leva a criança a livre
e espontânes interações com o animal. Essas interações espontâneas faz possivel a observação direta das capacidades não-verbais de comunicação.
2. Os grupos de pacientes observados apresentaram basicamente estilo de interações diferentes que podem ser filmados e interpretados. As informações comportamentais
obtidas sobre as crianças é tão altamente específicas que podem ser utilizadas para atribuir a eles os grupos diagnósticos corretos. Isto confirma Watzlawick, Jackson e Beavin´s (2000) sobre a teoria da "caixa preta" que permitiram que de acordo com observações da interação podemos tirar conclusões fundamentais sobre o indivíduo observado.
3. Com base na análise diferenciada dos estilos comportamentais, podemos reconhecer os déficits-diagnosticos de interação específicos e desenvolver específicos objetivos terapêuticos e tratamentos. Com os pacientes que sofrem de transtornos alimentares, especialmente a anorexia, seria adequado concentrar-se em normalizar suas preferências a posturas desconfortáveis e rígidas realizadas na TAC. Na TAC com as crianças autistas, por outro lado, o principal objetivo poderia ser a de ajudar a criança a abordar o animal, do qual ele tem medo por causa de seu comportamento imprevisível, e através de um processo gradual incentivar a criança a experiência de
interação sem medo.
Terapia Assistida por Cães constitui em uma valiosa contribuição para o processo convencional de psico-diagnósticos, com a vantagem em permitir introspecção ao repertório comportamental da criança. Lidar com os animais é altamente interessante para as crianças, é orientado pelas próprias experiências da criança e é independente da cognição da criança e suas competências de reflexão e autenticidade. O estudo levanta algumas questões interessantes. Por exemplo, não sabemos quanto o comportamento "interspecific" entre cão-criança representa o comportamento "innerspecific" exibido entre criança-criança (A validade do sistema de categoria). Se eles estão intimamente ligados, pode certamente ser possível usar a TAC para treinar os pacientes em comportamentos pró-sociais adequados para encontros criança-criança.




Obs: Artigo muito interessante porem dificil de passar as idéias para o portugues. Se houver interesse no original por favor deixar e-mail nos comentarios.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Libra futura cadela terapeuta

Vou dar uma pausa nos artigos e escrever um pouco sobre esta figura.
A 15 dias atrás, eu e nossa querida amiga e excelente profissional Sara da Tudo de Cão fomos até a casa da criadora de Bernese Aline.
Posso dizer que tenho um caso antigo com a Aline, mais ou menos 5 anos.... não é nada disso que estão pensando...... Nosso caso envolve os cães e o trabalho que desenvolvo, quando ganhei a Flora (sim todos os meus cães foram doados) comecei a me interessar por esta magnifica raça, através do Clube do Bernese conheci a Aline que logo se mostrou muito curiosa e entusiasta do trabalho com os cães. Trocamos diversos e-mails, scraps etc... e sempre ela deixava claro que assim que possível me daria um filhote para trabalhar com TAC. Mantivemos contato por todos estes anos sempre conversando sobre os cães, o trabalho com eles e as excelentes idéias de nutrição de cães que ela tinha.
Chegamos a nos encontrar um dia para discutir possiveis parcerias.
Mas nunca dava certo o tão sonhado filhote....até que a uns 3 meses atrás ela entrou em contato comigo e me disse que tinha uma Filhotona de 9 meses me esperando, fiquei entusiasmado com a idéia e estava mesmo em busca de um novo cão para trabalhar. Quem ja participou das minhas aulas ou palestras ja ouviu eu dizer "...quem tem um cão de trabalho não tem nenhum...." isso pq se ele ficar doente, o que vc faz....senta e chora!?....
O dificil foi convencer minha esposa, haviamos mudados a pouco tempo para a nova casa e nem grama tinha, imaginem um terreno de quase 1000m² só de terra com dois cães, sendo um filhote.....Lama total literalmente!! Consegui convencer a Aline a ficar com a filhota mais uns dias para dar tempo de pelo menos a grama pegar e diminuir o barro, quando resolvi ir buscar a cahorrinha, ficamos mais umas 3 semanas para conseguir combinar os horarios. Enfim marcamos de ir avaliar a filhota, tudo certo....ou quase....um dia antes a Aline me liga falando que a filhota, que se chama Reike, estava brincando com o seu irmão e rolou um barranco, subiu mancando e tiveram a suspeita que ela havia quebrado a pata.....puts!! A coitadinha foi pro vet, RX, US etc...e descobriram que ela havia apenas tido uma torção....acupuntura, repouso, anti-inflamatório....ela melhorou. Cominado de ir avaliar de novo....no dia anterior novamente ela me liga...."ela voltou a mancar e esta protegendo a pata, não deixa agente encostar..." ai caramba....ta de rosca!!! Resumo da opera Reike, a tadinha esta hoje na sua terceira cirurgia para reincerção de um tendão da pata que se rompeu durante a recuperação, ela não para quieta então esta super complicado a recuperação.
Beleza...pensei comigo....não era para ser!!!
Voltei a busca de um novo cão, estava pensando em uma vira-lata, porte médio, filhote....postei no Twitter, facebook etc... que estava atrás de um cão com um certo perfil para trabalhar com TAC. Ninguem respondeu!! bom...uma hora eu consigo um novo cão!!
Para minha surpresa a Aline me liga de novo..." Vinicius, então tenho uma outra cachorra para vc....só que é adulta...a mãe da Reike....a Libra, acho que ela tem o perfil que vc quer"
Voltamos a parte de convencer de novo a esposa que queria um filhotinho para curtir a fase destrutiva etc...heheheheh
Então a 15 dias atras fui com a Sara avalair a Libra, na avaliação demonstrou ser uma cachorra um pouco ansiosa, bastante ativa, nenhum sinal de agressão ou reação indesejada, sem medos aparentemente a não ser de fogos, mas nada absurdo!
Fiz um acordo com a Aline, 15 dias ela comigo, daqui 15 dias falo se fico ou não com ela.
Chegando em casa ja sai com ela e com a Flora para passear, orientações da Sara...
Ela e a Flora se deram razuavelmente bem, a Flora como sempre ignorava a presença de outro cão.
Com o passar destes 15 dias fui conhecendo um pouco da cabeçudinha (ela tem mesmo um cabeção avantajado heheheh)uma cachorra de 2 anos, muleca, brincalhona e muito educada, não sabe nada de adestramento e comandos, porem sabe muito bem o que Não, sabe não sair na rua quando o portão abre e obedece sempre. Muito mais ativa que a Flora, corre bastante, pula e chama as pessoas para brincar. Totalmente dada com todos, minha vizinha que ama cães e gatos (8 cães e 12 gatos na casa) no segundo dia ja era a melhor amiga da Libra.
Cachorrinha figura, animada e brincalhons, seu unico defeito é pular quando muito exitada, algo que podemos com o tempo trabalhar.
Agora estou aqui, pensando se fico com a Libra ou não................sera que vale a investimento de tempo e dinheiro para ela se tornar um cão terapeuta!?........
Preciso dar a resposta a Aline hoje!!!
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Olho para a porta da cozinha!!!
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è acho que vou ligar ou escrever para a Aline, falando que esta ja é minha...e em breve estara auxiliando pessoas a terem uma vida melhor!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Comunicação não verbal e TAA com pacientes Esquizofrenicos

An exploratory study of the effect of animal-assisted therapy on nonverbal connmunication in three schizophrenic patients
Zokan Kovaa'Judit Bulucz; Renata Kis\ and Lajos Simot)'* Semmelweis University, Faculty of Medicine, Department of Psychiatry and Psychotherapy, Budapest, Hungary t Tetra-2002 Foundation, Fot, Hungary
(Anthrozoos, 19(4) - 2006)

Esquizofenia é caracterizada pela presença de delirios, alucinações, incoerência de associações, comportamento catatonico, comportamento afetivo inapropriado e comprometimento social. Comportamentos negativoas como: pobreza na linguagem, embotamento afetivo, apatia é encontrada em 80% a 95% dos pacientes e é considerado o maior fator de resistência ao tratamento. Junto aos sinais e sintomas o paciente tb apresenta um baixo nivel de atividade social e funcionamento.
Ha evidencias que pacientes esquizofrenicos possuemdificuldades de expressão e reconhecimento de expressões verbais e não verbais.
O paciente esquizofrenico apresenta uma relação entre seu comportamento fisico e seu processo cognitivo.
O tratamento da esquizofrenia continua sendo algo dificil, o tratamento farmacológico evouliu muito nos ultimos tempos e é a base de tratamento dos pacientes. Porem eles possuem uma melhor ação se acompanhados de tratamentos psicologicos. A terapia comortamental vem demonstrando bons resultados assim como o treinamento em comunicação asertiva e habilidades sociais.
A presenão de um animal de companhia pode trazer efeitos positivos globais ou em parametros especificos de uma pessoa. Donos de animais de estimação estão propensos a uma saúde melhor que os que não são donos: apenas 6% dos donos que sofreram ataque cardiaco morreram após um ano, contra 28% das pessoas que não possuiam animais de estimação(Friedmann et al. 1980).Donos de animais de estimação possuem niveis mais baixos de fatares de risco coronariano como, pressão sanguinea e niveis de colesterol (Anderson, Reid and Jennings 1992). Animais de terapia tambem demonstraram aspectos positivos em certos sintomas psicologicos, incluindo lidar melhor com o estresse e ansiedade(Katcher, Segal and Beck 1984; Jenkins 1986). Terapia Assistida por Animais em compração com terapia recreacional, provou que tamebm é efetiva na redução de ansiedade em pacientes psicóticos (Barker and Dawson 1998).
A poucos estudos sobre os efeitos da TAA com pacientes esquizofrenicos. Idosos esquizofrenicos, após ocmpletarem 12 meses de trabalho com a TAA, demonstraram um aumento nos niveis de socialização e atividades diarias, tb apresentaram um impacto em seu bem estar geral(Barak et al. 2001). O niveis de habilidade de vida independente melhoraram após 9 meses de TAA em um grupo de pacientes esquizofrenicos internados(Kovacs et al. 2004). Melhora no lazer e motivação foram os resultados após 10 semanas de TAA se comparado a pacientes ~que não foram tratados com a TAA(Nathans-Barel et al. 2005).
Este etudo buscou examinar os beneficios da introcudção da TAA no tratamento de pacientes esquizofrenicos cronicos que recebem tratamento em uma clinica daycare.
A hipotese é que a TAA possuem valores terapeuticos e que ira melhorar a comunicação não verbal dos pacientes no final do periodo de tratamento. A alteração global dos movimentos não verbais é um inidcador mais quantitativo do que qualitativo da eficacia terapeutica e não necessariamente reflete uma alteração util ou relevancia clinica. Por isso o estudo ira avaliar o pré e pós-tratamento as alterações não verbais de comunicação investigando os sub-componentes da comunicação não verbal. A alteração da comunicação não verbal dos pacientes se mensurada e avaliada através de video em situações de "role-play". A primeira avaliação sera realizada no inicio da terapia e a segunda após 6 meses de tratamento.

Metodologia:

5 participantes, caucasianos, com idades de 32 a 71 anos. Todos com dg de esquizofrenia segundo os paramentros da DSM-IV. Todos possuem serias disfunções sociais. Ao término da pesquisa foram avaliados apenas 3 pacientes. Um teve agravamento do seu quadro por desenvovler Parkinson e outro por apresentar indice de falta maior que 50% por apresentar sintomas psicóticos e problemas em seu casamento.
O coordenador do grupo foi um psiquiatra com experiencia em terapia comportamental e cognitiva, tamebm participaram estudantes de psicologia. O cão utilizado foi uma fêmes de boxer que atendia todos as necessidades para o trabalho. Após 5 semanas foi introduzido tambem uma femêa de Bichon Frise para prevenir aspectos negativos de ansiedade minimizando os riscos causados pela saida do cão terapeuta ao término da pesquisa.

Sessões realizadas semanalmente por 6 meses com duração de 50 min. O foco das sessões era melhorar as itnerações sociais e comportamentos adaptativos simples e mais complexos. Uma sessão normal começa com o aquecimento onde o cão passa pelo local fazendo contato com todos os pacientes. Durante a terapia o objetivo principal é mantes elevado o nivel de motivação e melhorar o bem estar geral dos pacientes, deixando eles falaram abertamente sobre seus problemas ou boas experiencias em um confortavel e rpazeiroso ambiente. Em uma fase mais orientada os terapeutas tentaram melhorar as comunicação verbais e não verbais, funções psicomotoras, concentração, deixando os pacientes acariciarem e darem comida ao cão e introduzindo exercicios especificos. Para melhorar a forma do grupo e coerencia, os pacientes não deveriam se comunicar apenas com os terapeutas mas tambem com os outros pacientes, dando uns aos outros instruções, continuando exercicios começados por outrose fazendo comentarios positivos como reforço entre si. Foi utilizado dinamicas (role-play) com a ajuda e presença do cão terapeuta para melhor o desenvolvimento e adaptação da comunicação verbal e não verbal, gestos e conseguencias, comportamentos adaptativos em certas situações. Na experiencia prévia com pacientes esquizofrenicos os autores perceberam que frequentemente estes apcientes desenvovlem um forte laço afetivo com os cães terapeutas. Por isso foi clara a importancia na TAA de não prejudicar o paciente com a retirada abrupta do cão terapeuta. Para reduzir a possibilidade de efeitos begativos 5 semanas antes do final do trabatamento foi introduzido outro cão.

Foram cruzados os resultados pré e pós tratamento. A comunicação não verbal foi gravada e computadorizada 2 vezes, antes do inicio e após o término do estudo com duração de 6 meses. Foi utilizado o "Budapest Gesture Rating Scale" um software que detecta diferenças na comunicação não verbal. O desenvovliemnto da escala foi baseado em "Rudolf von Laban's widely
used movement-notation system (Laban 1975), on Desmond Mords' gesture typology
(Morris 1994), and on Bull's body movement scoring system (Bull 1987)."

Resultados:

Paciente P, mulher 53 anos. Sorridente, coperativa e gostou das sessões. Ela ia em direção ao cão diretamente quando entrava, só após dar um beijo no cão é que se direcionava aos terapeutas perguntando seus habitos alimentares e brincadeiras. ao final do tratamento um grande vinculo foi criado, mas com a introdução do novo cão a separação não foi tão estressante. As analises pré e pós tratamento demosntraram mudanças positivas na anatomia dos seus movimentos. Aumentou o uso do seu ombro e das duas mãos. O espaço tb mudou positivamente, utilizou mais movimentos pequenos laterais, e atras do corpo em sua comunicação. Aumentou tambem a complexidade de seus gestos: cabeça, abdomem, abdomem inferiror. Tambem apresentou mais movimentos "espalhados" após o tratamento

Pciente K, mulher, 45 anos. Vive uma vida "autistica" é levada para o hospital todos os dias pela irmã. Não se socializa nem se comunica com ninguem dentro do hospital, quando questionada se responder, responde muito baixo a ponto das pessoas não ouvirem. Muito interessante porem não mensuravel foi a sua progressão na comunicação verbal, ficando mais "entendivel", principalmente dando comandos ao cão a longa distancia. Expressou seus sentimentos através de desenhos. Em contraste aos outros pacientes, seus desenhos são cheios de emoção, cor e tudo é de facil reconhecimento.
A analise anatomica dos movimentos de K mostrou que ela usou mais seus ombros e gesticulou mais com as duas mãos após o tratamento.
Analisando o uso do espaço, K teve mais "gestos estreitos" laterais após o programa de tto, mas em contraste a paciente P ela não realizou estes movimentos no espaço central do corpo. A complexidade dos movimentos tb melhorou após o tratamento: realizou mais gestos atrás do corpo, na altura do abdomem, abaixo do abdomem, na altura da cabeça, utilizou mais gestos "espalhados" e "pertos".
A dinamica gestual mudou apenas a respeito dos toques (de 45% para 69,2%).

Paciente B, homem 32 anos, diagnostico de esquizofrenia paranóide. Amigavel mas desconfiado com o cão por ser hipocondriaco. Após muitas repetições da equipe que o cão estava limpo e com as vacinas em dia B começou a ficar mais envolvido com as atividades e o tratamento, especialmente nas dianmicas e atividades de habilidade social. Seu maior sintoma psicopatológico era ansiedade, desconfiança, pensamento com conteudo usual e comportamento bizarro. O comparativo do pré e pós tratamento da comunicação não verbal mostrou que a anatomia dos movimentos mudaram positivamente: utilizou mais os movimentos de ombro.
O espaço tambem mudou: o numero de "gestos estreitos" lateraias mudou bastante (de 34.6% para 86.6&), e a maioria dos movimentos seguiu este segmento. Assim como K não houve alteração no espaço central. A cabeça foi mais utilizada, o numero de gestos abaxio do abdomem tambem aumentou, mas o numero de gestos na altura do abdomem diminuiu, portanto houve um grande aumento no tamanho dos movimentos. Os gestos "espalhados" apresentaram uma pequena baixa assim como os "pertos". Houve um aumento nos gestos auto orientados de B.
O numero de gestos de toque tambem aumentaram.

Discussão
Na tentativa de avaliar a eficacia da TAC na comunicação não verbal de pacientes esquizofrenicos foi avaliada as caracteristicas da comunicação não verbal dos pacientes em situações normais. è obvio que quanto mais familizrizados com a situação terapeutica e as atviidades melhor é o padrão de comunicação. Para melhorar e deixar os testes mais objetivos foi escolhida situações que não faziam parte da TAC e com terapeutas diferentes. Consideramos que as melhorias durante as sessões são importantes, porem estas alterações positivas deveriam sergeneralizadas para a vida diaria dos pacientes. Para isso a comunicação não verbal dos pacientes foi avaliada através de video feitas em situações normais e com pessoas normais que poderaim ter acontecido em seu dia a dia.
A mudança geral do numero de movimentos reflete um aspecto quantitativo e não necessariamente uma melhora na qualidade da comunicação não verbal do paciente. Os diferentes sub itens da comunicação não verbal possuem diferentes objetivos, foi investigado estes sub-itens para avaliar em que aspecto especifico a mudança e resultado com a TAC.
A anatomia dos movimentos melhorou em um paciente e em parte em outro. Uma vez que a caracteristica fundamental do esquizofenico é a diminuição de movimentos e atividades, espontaneos ou induzidos, uma alteração positiva neste aspecto é bastante substancial e pode diminuir e generalizar para outros sintomas negativos.
O espaço utilizado mudou positivamente em todos os pacientes. Foi observada uma expansão do espaço tuilizado pelos pacientes, os gestos não eram restritos a determinados segmentos do corpo e nem proximos ao corpo e o tamanho dos movimentos aumentou. A conclusão é que a complexidade dos moviemntos aumentou.
A alteração na dinamica dos gestos e toque foi grande em um dos pacientes, nos outros houve apenas um aumento no parametro de toque. Pessoas que sofrem de isolamento social perdem a oportunidade de ter um contato fisico regular e saudavel com outros. A TAC tem o foco em tocar e sentir um "objeto" vivo, portanto os pacientes se tornam mais familiarizados com o contato fisico. Esta pode ser uma explicação para a numero elevado de toques após o tto.
Ao final da terapia a "regulação" de gestos melhorou em apenas um paciente, isso quer dizer que ele teve uma melhora nesta area que significa um controle melhor da conversação.
Os resultados demonstraram que a introdução da TAC em pacientes esquizofrenicos cronicos pode melhorar caracteristicas não verbais de comunicação. Como sabemos que a comunicação não verbal tem um papel importante nas relações interpessoais, esta melhora porvavelmente ira melhora a comunicação dos pacientes tendo uma alteração positiva em sua vida social diaria.
Por ser uma pesquisa piloto o numero de individuos e a falta de um grupo controle tras faz com que não possamos observar a possibilidade de um efeito placebo. Os aspectos positivos devem ser observados sobre um aspecto especifico no contato regular dos pacientes, equipe terapeutica e incorporação de um cão terapeuta no programa de tratamento.
Mesmo os pacientes descartados para avaliação participaram de algumas sessões.
A motivação e satisfação sobre o tratamento é determinante e muito importante para determinar a eficacia da terapia por que como Lambert e Naber(2004) relatam, a satisfação do paciente parece estas fortemente relacionada a sua boa vontade em permanecer no tratamento psico social e famracológico consequentemente em seu resultado sintomatico e fincional.
"Esses sentimentos e experiências subjetivas sobre a terapia "ideal" está em consonância com a teoria sobre o modo de ação da TAC, que afirma que para as pessoas com deficiência mental ou física, os animais podem servir como modelos, facilitadores sociais e amplificadores de reatividade emocional (Fine, 2000). Todas estas observações e os estudos sugerem que os animais podem ser incorporadas no tratamento e reabilitação até mesmo nos casos mais graves de pacientes que sofrem de doença mental. "

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Workshop sobre leitura assistida por cães



Excelente, um sucesso...foi assim o workshop de leitura assistido por cães que a Associação Viva e Deixe Viver proporcionou em parceria com a TAC no seu III Workshop A Descoberta do Brincar e Contar Histórias na Saúde Mental.
Não havia nenhuma pretenção de falar sobre leitura, pedagogia, técnincas de aprendizado etc... afinal isso não é minha especialidade. O que quis passar no workshop e acho que consegui foi o basico que as pessoas precisam saber para implementar um programa de leitura assistida por cães.
E esse é um dos objetivos da TAC ensinar as pessoas independente das suas especializações e areas de atuação a como introduzir o cão como mais uma "ferramenta" ou "técninca" dentro do seu trabalho.
Passei a todos algo basico sobre AETAA, beneficios, o porque de se utilziar o cão, como ele pode ser inserido nas atividades de leitura etc...
Para este worshop venho trabalhando o comando "Ler" com a Flora a uns 20 dias, ela ainda não estava pronta, o comando ainda tinha que ter reforços em um pequeno espaço de tempo, não havia cido feito com outra pessoa lendo alem de mim e minha esposa e muito menos em ambiente diferente.
Mas ao término da parte teórica fomos nós para a atividade pratica, expliquei aos alunos a situação em que a Flora se encontrava etc... Mas assim que ela viu o contador de história pegar os livros seu comportamento mudou e ja ficou atenta ao que iria acontecer. Sem combinarmos nada ele começou por uma histório onde ele só iria mostrar cartazes, algo que a FLora nunca havia feito, e não é que ela prestou uma super atenção nos cartazes, e cada vez que ele trocava de folha ela ia em direção a história quase encostando seu fucinho demosntrando um grande interesse, aproveitei e reforcei bastante seu comportamento.
Na hora da leitura a Flora se comportou muito bem, fazendo direitinho seu papel de ouvinte atenta a história, chegou a deitar sua cabeça no colo do contador e ficar olhando para o livro atentamente....um sucesso.
Muito Obrigado a nossa adestradora Sara da Equipe Tudo de Cão pelas dicas e orientação nos treinamentos da Flora.
Com o sucesso do workshop recebemos até um convite para repetir a dose em breve, vamos ver o que acontece.....

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Human-Animal Interaction Cancer Patients

Human-Animal Interaction: A Complementary/Alternative Medical (CAM) Intervention for Cancer Patients
http://abs.sagepub.com/cgi/content/abstract/47/1/55

O Câncer é causa de 1 em 4 mortes nos EUA. Hoje com o avanço da medicina o Câncer esta se tornando uma "doença cronica" na qual seus tratamento prejudicam bastante a qualidade de vida dos pacientes.
A Medicina Alternativa Complementar(CAM) foi definida em 2001 pelo Instituto Nacional do Câncer dos EUA. Estas terapias pretendem prevenir, controlar e até curar a doença assim como minimizar os efeitos colaterais da doença e de seus tratamentos.
Os pacientes diagnosticados com câncer buscam as CAM por diversas necessidades, em sua maioria querem participar ativamente do processo de cura alem de serem tratados como um ser unico em sua totalidade e não apenas um portador de uma doença.
A participaçao ativa no tratamento não quer dizer apenas tomar seus medicamentos mas tambem manter o senso de normalidade do seu dia a dia. Isso inclui, dar e receber afeto, ser necessario e ter uma interação positiva e aceitação incondicional e é nestes pontos que a Interação entre Homem e Animal da resultados.
O animal vive o presente, não julga e é leal.

Estudos mostram que o aumento de certos hormonios tem afetado diretamente o sistema iminulogico. O aumento de oxcitocina tem relações diretas a diminuição do estresse, alguns tipos de estimnulação sensorial tambem podem liberar oxcitocina assim como a musica que tem o poder de liberar endorfina proporcionando alivio da dor.

O Instituto Nacional de Saúde (EUA) define a interação Homem-Animal como uma intervenção CAM mente e corpo. Processo que visa facilitar a capacidade mental em influenciar as funções do corpo e seus simtomas.
As primeiras pesquisas (Muschel, 1984) demonstram a capacidade na redução de ansiedade e "desespero" que a interação entre homem e animal pode proporcionar.
Estes efeitos são influenciados pela ação fisiologica ocorrida durante a interação positiva entre homem e animal que liberam dopamina, oxcitocina, prolactina, endorfina e reduz o cortisol tanto no homem quanto no cão participantes da interação(Odendaal, 1999).
Estas ações fisiológicas são responsaveis pela aumento do senso de controle do paciente, auxilio na busca de esperança, aumento da qualidade de vida e potencialmente redução de estresse, ansiedade e depressão assim como outras técnincas CAM como hipnose, aromaterapia, massagem....

A Interação Homem Animal pode auxiliar os pacientes com Câncer a enfrentar alguns processos tipicos da doença como, distração, perda da esperança, foco em ações positivas, distanciamento e um suporte social deficitario. Tambem pode auxiliar nos efeitos colaterais que a doença traz, principalmente os de ordem psicologica como medo, ansiedade, apatia, alteração da imagem corporal e estresse.

Esta pesquisa "piloto" possui dois objetivos: avaliar a aceitação dos pacientes internados com câncer de uma visita de um cão treinado e seu condutor e avaliar a confiabilidade do instrumento de avaliação desenvolvido para identificar os beneficios da visita.
O estudo foi aprovado pela University of Missouri–Columbia, Health Sciences Center Institutional Review Board, realizada com 30 individuos maiores de idade, hospitalizados e capazes de ler e escrever em Ingles.
Foram realizadas sessões de 15 minutos com um cão treinado e apto para o trabalho acompanhado de seu condutor, uma visita de um humano "amigavel" e leitura de uma revista escolhida pelo paciente. Na visita com o cão o condutor ficou presente no quarto porem não interagiu com o paciente, apenas apresentou o cão e a si mesmo. Na visita da pessoa amigavel esta deveria desenvolver uma conversa que não toca-se em nenhum assunto relacionado a doença do paciente.
A amostra foi de 12 homens e 18 mulheres. 17 pessoas possuiam cães sendo que 10 delas eram responsaveis integrais pelo animal, 5 não eram responsaveis pelo animal e 2 eram responsaveis junto de uma outra pessoa pelo animal.
Baseado na revisão bibliografica foi desenvolvido o Intervention Questionnaires
(IntQ’s) buscando avaliar o quanto as interveções poderiam auxiliar os participantes.

Devido a pequena amostra as diferenças estatisticas entre a visita de um humano e do cão não corresponderam ao que foi constatado durante as intervenções.
Exemplo: participantes da interação com o cão deram mais respostas positivas, em compração aos que receberam visitas humanas, sobre como a visita deixou seu tratamento mais facil e o fez sentir melhor. Tambem classificaram melhor o cão quanto a confiança e como um amigo.
Um maior numero de participantes classificou o cão como sendo alguem que gostaria de rever no futuro, que contaria a seus amigos a visita que recebeu e que iriam se lembrar quando saissem do hospital.
Tambem relataram que o cão lhe deu energia, o consolou e fez se sentir feliz.
Alguns relatos: “It would help make people happy for a
while, taking their mind off everyday life” “It lifted my spirits, brightened
my day” “I think this is a good program for people to take their
mind off of their troubles”

Este estudo abre portas e questão sobre novos e mais profundos estudos sobre os beneficios da interação homem animal com pacientes internados com câncer.
Muitos estudos falam das relações positivas e beneficios da interação homem animal, mas ainda ha muito o que se estudar e descobrir utlizando metodologias confiaveis e grandes grupos de individuos.

Muitos grupos de pacientes imunodeprimidos são orientados a não ter animais de estimação ou mesmo se livrar dos que possui. O fator risco X beneficio deve ser considerado pelos profissionais da saúde quando indicarem a um paciente não possuir animal de estimação.


Fóra do texto gostaria de indicar um site que possui um guia de como pacientes imunodeprimidos devem lidar com seus animais de estimação, um excelente site com um ótimo conteudo a respeito: www.pawssf.org

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Assasinato

A palavra é forte, mas como descrever uma coisa tão barbara!?

No começo do ano quando retornamos nossas atividades no Recanto da vovó, encontramos no portão dois simpaticos cachorros, um filhotão inteiro preto cruza de pastor mas com pelo bem curtinho e uma pequena descabelada novinha mas ja não era filhote. Muitos simpaticos fiquei um pouco preocupado com relação a possiveil transmissão de doenças para os cães terapeutas, então evitavamos o contato entre eles, mas os dois eram muito simpaticos com nós e com os cães. O recanto sabe o trabalho que realizamos e a importancia da saúde dos cães, então logo providenciaram a castração deles e começaram a cuidar dos pequenos, que ficaram fortes e bonitos rapidamente.
Ambos ficavam na frente do Recanto, as vezes tinham a companhia de um outro cachorro adulto porem um pouco mais arredio.
Nos acostumamos com eles e eles com agente, não entravam no asilo mesmo o portão ficando aberto, e digamos assim, respeitavam a Flora e a Filo não interagindo muito com elas, só uma cheiradinha de boas vindas.

Como em alguns outros dias quando cheguei hoje eles não estavam por la, mas nada de anormal. Começamos a sessão, fui chamando as idosas que ainda estão encolhidas pelo frio da manhã. Sr. Antonia uma italiana um pouco esquecida mas amante fervorosa dos cães me encontrou no caminho, e logo veio me contando "sabe a cachorrinha la de cima, mataram ela com dois tiros"...."se eu fosse deus os cães iriam pro céu e os homens para a guerra"...." como podem fazer isso com os bichinhos".... eu muito cauteloso pois ja ouvi grandes histórias frutos de uma mente com alguns disturbios conversei com ela a respeito e fui apurar os fatos.
E para minha surpresa tudo verdade, a cachorrinha foi encontrada com dois furos literalmente, e segundo o caseiro da casa da frente ele ouvio a noite dois tiros.
Me pergunto, o que leva um infeliz a fazer isso? sera que ele tentou entrar no Recanto e ela latiu? estava passando para efetuar algum assalto na região e foi surprendido pelos cães? ou simplesmente atirou na cachorrinha para testar sua arma? FILHO DA PUTA....(não tem outra palavra para descrever esta besta humana).
O outro cão não fica mais na frente do Recanto, entrou para dentro do asilo e se esconde nos fundos da instituição onde tem uma mata bem grande. Segundo um dos funcionarios se trazer ele para frente começa a gritar e sai correndo.
O que sera que ele viu?
Infelizmente conto isso a vc´s como forma de um desabafo....fico indignado com capacidade de fazer o mal das pessoas independente a que ou a quem.
Não gosta de cachorro, não chega perto, ele avançou em vc chuta ele, joga pedra sei la qualquer coisa, mas não dar dois tiros e matar um animal que não tem culpa da ignorancia dos seres humanos.
Não sou protetor, não pego cães de rua e levo para casa, não acho que devemos tratar os cães como pessoas, não sou nenhum ativista da causa animal.
Tenho sim um grande respeito e amor por eles, cães são cães e devem ser tratatos como tal para sua propria saúde mental, mas não ha como não ficar indignado com o fato.
Rezo para que estes pequenos que sofrem pela idiotice humana voltem todos como cães terapeutas para ajudar nos humanos a sermos pessoas melhores, e aprendermos algo que eles sabem muito bem, respeito e amor incondicional.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Donos de cães e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

The Medical Journal of Australia Vol 157 Setembro, 1992
Estudo realizado no "Baker Medical Research Institue´s Risk Evaluation Clinic" em Melbourne - Australia. Com pacientes que procuraram o serviço do Instituto entre 1987 e 1990.
Foi administrado um auto questionario para valiar o estilo de vida dos participantes. Foi avaliado tambem a PA (pressão arterial) e colhida uma amastra de sangue para avaliar triglicerides e colesterol.
Foram avaliadas 5741 pessoas entre 20 e 60 anos.
784 se identificaram como donos de um ou mais animais de estimação (476 cães, 421 gatos, 136 passaros, 106 peixes, 28 cavalos, 48 outros animais)
Na soma dos resultados para ambos os sexos a pressão sistolica (p=00.3) e niveis de triglicerides (p=0.004) tiveram significativa diferença entre donos e não donos de animais de estimação.
Para os homens a pressão sanguinea sistolica esteve mais baixa em todas as faixas etarias dos proprietarios de animais de estimação.
Nas mulher não foi significativa a diminuição na pressão se comparada com donas e não donas de animais de estimação. Apenas na faixa etaria de 40 anos é que houve significancia na redução da pressão sanguinea sistolica nas mulheres.
Não houve diferença significativa na pressão diastolica entre donos e não donos de animais de estimação de ambos os sexos.
Para Colesterol e Triglicérides houve a constatação de niveis até 13% mais baixo em homemns donos de animais de estimação..
No questionario de riscos cardiovasculares, donos de animais de estimação ingerem mais alcool que não donos, reportam tambem serem mais ativos que os não proprietarios.
O artigo sugere que o fator dos donos de cães terem PA, colesterol e triglicerides mais baixos é que os donos de cães são mais ativos fisicamente devido aos passeios que realizam com seus cães.
Muitos fatores podem estar associados a pressão arterial e concentração de gorduras no sangue.
O estudo não pode comprovar que a aquisição de um animal de estimação pode diminuir os riscos cardiovasculares de um inidividuo. Mas de acordo com Serpell a aquisição de um animal de estimação esta relacionda a diminuição de problemas de saude menores e na melhora de teststespsicologicos de bem estar.

terça-feira, 27 de abril de 2010

BENEFICIAL EFFECTS OF PET RELATIONSHIPS:

RESULTS OF
A PILOT STUDY IN ITALY
Francesca Capone (a), Giulia Bompadre (b), Stefano Cinotti (b), Enrico Alleva (a), Francesca Cirulli (a)
(a) Dipartimento di Biologia Cellulare e Neuroscienze, Istituto Superiore di Sanità, Roma (cirulli@iss.it)
(b) Dipartimento Clinico Veterinario, Facoltà di Medicina Veterinaria, Università di Bologna

A dometicação do cão acompanha o homem em sua evolução, a partir da transição do home nomade para o estabelicimento da agricultura e caça o cão começa a participar da vida humana. O primeiro animal a ser domesticado auxiliava na caça e segurança dos homens primitivos em troca de recompensas.
Eventualmente os exemplares que mais se destacavam começam a cruizar entre si dando inico as raças.
Um dos fatores mais importantes da domesticação sugere que o homem selecionava os cães com maior capacidade de comunicação com o homem. Com isso os cães conseguem usar dicas sociais humanas para prever nosso comportamento.
A capacidade de se comunicar na ausência de uma articulação de linguagem comum e modificar suas emoções em uma forma recíproca é um elemento essencial e fundamental na capacidade de agir como cães terapeutas.
O termo Pet Terapia foi utilziado pela primeira vez por Boris Levinson em 1964, ele notou que seu cão Jingles servia como um "quebra gelo" e promovia um foco na comunicação com o paciente. Porem hoje em dia utilizamos os termos Atividade e Terapia Assistidas por Animais.
AAA promove oportunidades motivacionais, educacionais e de recreação beneficiando e desenvolvendo a qualidade de vida de alguns grupos de humanos como cegos, deficientes fisicos ou mentais. AA é desenvolvid em diferentes locais por expecialistas treinados, profissionais, técnincos e voluntarios associados com animais que se enquadram em critérios especificos.
TAA são intervenções diretas e objetivas com animais que atendem critérios especificos e é parte integral do processo de tratamento. TAA é desenvolvida e realizada por profissionais da saude humana. TAA é desenvolvida para promover o desenvolvimento fisico, social, emocional e cognitivo. O processo é documentado e avaliado.
Reconhecida oficialmente na Italia pela Legislação "Decree" (28/02/2003)

Quem pode se beneficiar da TAA:
Crianças: diminui o estresse e ansiedade relacioandas a doença, sofrimento, hospitalização. Pode mudar comportamentos criar senso de responsabilidade e melhorar a habilidade de particiapr das sessões terapeuticas. Crianças geralmente acreditam com facilidade e desenvolvem um nivel alto de intimidade com os animais. Esta ligação especial transforma o cão como efetivo co-terapeuta.
Idosos: è evidente que em idosos institucionalizados diminui a depressão, pressão arterial, irritabilidade e agitação e aumenta as interações sociais.
Em um estudo epidemiologico com pacientes vitimas de infarte a presença do cão demonstrou aspectos positivos na sobrevida dos pacientes. Em pacientes com Alzheimer demonstrou que a presença do cão aumenta comportamentos sociais como sorrir, rir, olhar, tocar e verbalizar. Tambem a TAA reduz a solidão e depressão, particularmente em pessoas com histórico de cães como companheiros.
Pacientes psiquiatricos: Promove socialização. Em pacientes esquizofrenicos aumenta o interesse em atividades recompensadoras, melhor uso do tempo livre e motiva. Tambem a evidencias da melhora na socialização, independencia e bem estar geral. Em um grande estudo dentrode um hospital psiquiatrico com diferentes pacientes constatou-se a redução da ansiedade após as sessões individuais de TAA.

Animais que são utilizados na TAA
Cães, Gatos, Hamster ou Coelhos, Cavalo, Passaro, Peixes, Golfinhos, Macacos, vacas, cabras etc...
Uma equipe multidisciplinar é fundamental no desenvolvimento uma boa sessão de tratamento utilizando a TAA.

Estatisticas sobre as AAA e TAA na region Emilia Romagna entre 2001e 2006 haviam 37 proj de AAA e 96 proj de TAA.
Conclusão
Sabemos que a AAA TAA possui um potencial significativo para melhora as pessoasl e promover a qualidade de vida.
O institudo Superior Sanitario da Italia vem trabalhando apra regulamentar esta atividade a niveis academicos como cursos Universitarios e Mestrados.
Neste rápido crescimento, estamos tentando preencher a necessidade de i) identificação de currículo padrão para
formadores, evitando iniciativas espontâneas, ii) que institui, por meio de um consenso científico (ambos na
Nível europeu e nacional), um projeto de orientações a serem implementados no futuro próximo em centros selecionados,
alimentado por boas credenciais científicas e clínicas, iii) a promoção, a nível internacional, a universidade
pesquisa em relações pet / seres humanos, a fim de estudar como as emoções do cão são comunicadas aos seres humanos e
outros cães.


Lembro a todos que este texto é uma tradução livre e interpretação minha, não devendo ser usado como bibliografia.
http://www.iss.it/binary/neco/cont/Beneficial%20effects%20of%20pet%20relationships.1202902553.pdf

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Os efeitos e benefícios da implementação da Terapia Facilitada por Cão (cinoterapia) em sessões com crianças com Necessidades Especiais

Os dois textoa a seguri tratam da TAC com crianças autistas, ambos foram achados no site da Universidade de Frostburg (http://faculty.frostburg.edu/mbradley/exceptionalchildren.html)

O primeiro texto inicia com o histórico da TAA (Terapia assistida por Animais) falando do Retiro York, assim como muitas outras bibliografias, depois sobre os soldados em recuperação da I guerra mundial, e sobre Boris Levinson, tido para os americanos como o percursor da TAC, mas nós sabemos da história da nossa querida Nise da Silveira, para quem não sabe aguarde um texto dela por aqui e irão entender melhor a história.
TAC com idosos: Damon e May (1986)
3 pacientes socialmente isolados e com diagnósticod e Alzheimer, podiam segurar por 15 minutos a coleira de uma cachorra terapeuta sobre supervisão dos pesquisadores. O prieiro paciente lembrou de suas relações com cães enquanto segurava a cadela, encorajando a conversar com outros internos sobre suas memórias. no final do dia lembrou da visita do cão mas não lembrou da interação com os outros internos.
Segunda paciente, não possui comunicação integra dificultando o entendimento dos pesquisadores. Não interagiu com o cão, mas sorrio para os que passavam olhando para as pessoas e para o cão.
O Ultimo paciente demonstrou clara facilidade em se socializar através do cão conversando com as pessoas e mlhorando seu humor.
TAC com crianças: Segundo Levinson a presença do cão facilita a expressão da crianças e fortalece o vinculo com o terapeuta, outro autor tb cita que o cão pode suprir uma necessidade básica da criança, o afeto.
Gonski (1985) utilizou pastores alemães para demostrar para crianças e praticar com elas habilidades sociais, demonstrando através dos cães comportamentos sociais aceitos e limites. Outro terapeuta Reichart(1998) utilizou o cão como "alter ego" com uma criança vitima de abuso sexual, contou para a criança que o cão havia sofrido algumas experiencias ruins e começou a questionar a criança em como o cão estaa se sentindo por ter passado por aquilo.
Redefer e Goodman(1989) realizaram uma pesquisa com 12 crianças autistas.
Dividindo os atendimentos em fases a primeira avaliação, segunda interação livre com o cão, terceira interação direcionada com o cão utilizando bolinhas escovas etc...
As sessões foram observadas e tabuladas pela equipe dos pesquisadores, após o acompanhamento das crinaças constataram que ela umentaram seus indices de socialização com outras pessoas mesmo após o término das sessões com os cães.

Observações: Podemos ver que o texto é um pouco antigo, e que temos que levar em consideração que os dados acima são praticamente de estudos de caso e que não devemos generalizar a todos os pacientes, mas pode nos auxiliar em como introduzir o cão em uma sessão.

Irei começar com os textos principalmente relacionados a crianças autistas pois preciso escreve um texto sobre a TAC e as crianças autistas......espero na proxima vez um texto um pouco mais interessante. Vou pegando eles aleatoriamente nos meus arquivos.

Voltando a ativa

Voltamos a ativa...de novo!!!
Agora espero que dure bastante tempo.....

Como preciso ler textos e mais textos sobre TAC para me manter atualizado e aperfeiçoar cada vez mais o meu trabalho vou começar a postar aqui no Blog resumos dos artigos que estou lendo.
Espero realizar uma atualização diaria.

Aviso a todos que não devem utilizar o que eu escrever aqui como bibliografia para qualquer tipo de trablho ou texto. O que postarei aqui no Blog são interpretações minhas sobre os textos.
Se possivel disponibilizarei a fonte do texto que irei debater.
Colocações, perguntas, criticas e sugestões sempre bem vindas.

Abraços

terça-feira, 23 de março de 2010

O responsavel por tudo isso

23/03/2010 aproximadamente 15:30min ele se foi.

Meu pai teve uma grande idéia, dar de presente para a minha mãe um filhote....que raça escolher? que tal um labrador!!!
La fomos nós, imagina que meu pai iria comprar um filhote de canil, afinal ele não queria papel e sim um cachorro, pedigree que nada...
Anuncio de jornal, casa no alphaville com uma ninhada, vamos la ver!!
Restavam 3 filhotes, todos machos e amarelos...com a sabedoria ignorante da época, escolhe o mais ativo....ainda bem que eramos ignorantes.
Veio então o Balu um lindo filhotinho que foi dado para a minha mãe em uma cesta com um laço.
Com ele comecei a realmente me interessar pelo assunto, caminhava com ele todos os dias uma época, aprendeu a sentar, deitar, andar na calçada, atravessar a rua...só com carinho como reforço...o cachorro mais carente que conheci.
Ele conseguiu abrir as portas da casa para que os cães entrassem...só queria ficar por perto!!
Como todo filhote, destruiu coisas, roeu, rasgou e comeu varias meias, com preferencia pelas minhas, roubava toalha do varal.....
Como todo labrador, hiperativo não conseguia parar de brincar....um grande amarelo safado!!!
Quando comecei a conhecer a TAC era com ele meus testes.....um belo dia levei ele no orfanato que o sogro do meu irmão era presidente, uma loucura, mais de 30 crianças em cima dele, e ele sentadinho calmo só esperando o furãcão passar, pena que ja tinha uma certa idade se não teria sido um excelente cão terapeuta.
A noite aprendeu que a porta do meu quarto (que era fóra da casa) não fechava direito, com a cabeça empurrava a porta para poder entrar e dormir por ali...
Ja com mais idade sentia muito frio, comecei a colocar uma camiseta minha velha nele, todo final do dia aparecia ele com a camiseta na boca empurrando a cabeça contra nós até que colocassemos nele.
Adorava viajar comigo apra o sitio, onde se foi. La era o dono da parada e alem de tudo protegia a casa e a nós, ja com displasia e dificuldade de andar demonstrou seu lado guardião partindo parar cima de tres pessoas que julgou serem estranhos.
Nunca parou de brincar mesmo com toda dificuldade de levantar e andar...adorava uma bolinha.....o cachorro mais carente que conheci....para ele não tinha problema se vc não queria fazer carinho nele, ele se fazia carinho passando a cabeça na sua perna, pés, mãos....
Sem duvida ele foi um grande responsavel pelo trabalho que faço hoje em dia ele me fez acreditar no potencial que o sentimento por um cão tem.
Hoje ele se foi....foi encontrar suas companheiras Shiva e Kelda e aguardar por mim um dia.
Espero que ele onde estiver me ajude a continuar meu trabalho levando este gigantesco carinho que ele tinha pelas pessoas a todos que gostam e querem um companheiro fiel, carinhos, brincalhão e amarelo....

segunda-feira, 15 de março de 2010

Um pequeno Susto

A semana retrasada (notícia velha....)foi complicada.
Quarta-feira quando acordei a casa estava inteira vomitada e com uma bela diarréia. A parte menos ruim é que a Flóra é muito limpinha e não espalhou nada, mas fiquei assustado pelas quantidades de vomitos e diarréia.
Liguei para a Vet, me indicou realizar um ultra-som para descartar qualquer possibilidade de ingestão de corpo estranho ou mesmo uma torção de estomago ou intestino.
Na espera do exame no laboratório a Flóra me puxou para fóra da sala pedindo para ir até um gramado que infelizmente estava fechado, então dei o comando de xixi para ela e a coitadinha fez uma diarréia sanguinolenta daquelas....pronto ela estava ruim mesmo!!!
Mas graças a deus o exame deu negativo comprovando ser uma grande infecção do trato gatro-intestinal, foi pra Vet, tomou soro, atibiótico etc...
Uma semana de remédios para proteger o estomago e anti-bióticos e 3 dias de repouso.
Com isso ela acabou não indo trabalhar naquela semana no IPq.

Mas agora tudo ótimo, ela ja voltou a ativa em plena forma desde a semana passada.
Este acontecimento me fez lembrar uma coisa que sempre falo a todos nos cursos e palestras, quem tem um cão só não tem nenhum!!
Preciso urgentemente de mais um cão para trabalhar....

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tempo Fóra

Me desculpem pelo tempo fóra do ar.
Este final de ano e começo foram bem agitados, me mudei dia 30/12 para minha casa que estava para ficar pronta desde agosto de 2009, fiquei sem computador e internet, como moro um pouco afastado da civilização de São Paulo nem telefone por aqui chega direito, o geito foi apelar para a Internet via celular e comprar um computador.

Mas conto as novidades....a TAC esta indo muito bem com ótimas perspectivas e projetos para 2010, ja estamos realizando nossos atendimentos nos Projetos Recanto da Vovó e Cães e Crianças Autistas no IPq HCFMUSP. O Proj Cães e Crianças Autistas esta prestes a evoluir e iniciar uma pesquisa cientifica séria em parceria com a Faculdade de Medicina da USP nos atendimentos com os residentes R4 da psiquiatria.
O Proj Recanto da Vovó esta indo muito bem, com entrada de uma nova idosa e da Filó ou Maria Filomena uma deliciosa PUG que entrou para a TAC se tornando a mais nova "contratada" da TAC.

Abraços a Todos e em breve volto com mais discussões e textos sobre a utilização de cães e animais em geral para o bem de todos.