quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mudança de Endereço



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Agora vc´s podem conferir os textos dos Blogs da TAC no nosso próprio Site.

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Confiram!!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Trabalho Cognitivo

Hoje não irei falar sobre nenhuma artigo, livro ou algo parecido.
Vou contar um pouco da minha experiência e de informações que vieram de algum livro ou artigo que já não lembro mais, informações que já fazem parte do meu conhecimento na área.

Algumas idosas no Recanto da Vovó vem apresentando uma grande evolução em suas capacidades cognitivas. Isso começou quando a nossa psicóloga Ana Luisa implantou algumas avaliações e "testou" algumas perguntas com as idosas para termos um pouco mais de conhecimento sobre a noção de tempo e espaço das idosas uma vez que a percepção corporal já estava melhor.

Notamos claramente que 90% delas tinham déficit de memória e noção de tempo espaço, dentro desta porcentagem estavam até mesmo algumas idosas sem nenhuma patologia cognitiva. A própria institucionalização faz com que o individuo para de "exercitar" seu cérebro levando a perda de suas capacidades.

Então começamos a incluir nas rotinas de atendimento atividades básicas para a parte cognitiva como por exemplo perguntar todos os dias: Que dia é hoje? De que mês? Em que ano estamos? etc... isso criou uma rotina com as idosas fazendo elas se manterem no tempo, algo que elas muitas vezes fazem questão de perder, principalmente pelo contexto da morte tão presente nesta idade e nas casas de repouso.
Se manterem no tempo e espaço fez com que as idosas ficassem mais "espertas" muitas hoje já estão nos aguardando quando chegamos pois sabem direitinho os dias que iremos.

Outro ponto que trabalhamos foi a questão da memória e para isso nada melhor do que os cães. O componente emocional é muito grande e a relação destas idosas com nossos cães é fantástica. Então todas elas são questionadas sobre as particularidades de cada cão, nome, raça, origem, idade etc... esta atividade faz com que elas comecem a trabalhar seu cognitivo e dá tb início a uma série de curiosidades que elas tem sobre os cães. Esta ligação emocional é fantástica e deve ser trabalhada das mais diferentes formas.

Para uma idéia quantitativa, aplicamos nas idosas o Mini Exame Mental de Foltein o famoso Mini-Mental, umas das idosas que atendemos que vamos aqui chamar de Sra. Z conseguiu em 1 ano um aumento de 10 pontos saindo de leve deficiência cognitiva para Função Cognitiva Integra. O melhor é ver a evolução na articulação das respostas e principalmente ver o orgulho desta idosa em acertar as perguntas e muitas vezes auxiliar suas colegas.

Já nos contaram que algumas idosas começaram a procurar calendários na instituição para colocarem ao lado da cama. Pequenas coisas que fazem o isolamento do mundo destas idosas menor.

E de onde será que vem toda esta motivação? Esta vontade de acertar as perguntas, de se manter informada?
Sem duvida vem da relação estabelecida entre os cães, os terapeutas e as idosas. Do afeto e carinho que elas tem pelos cães e a resposta deles para com elas.



Gostaria também de mostrar para vocês que TAC não é nada do outro mundo porém deve ser realizada por pessoas capacitadas e que possuem conhecimento na área, apenas o conhecimento poderá levar a estes insights de exercícios simples porém com um alto resultado.

A criatividade é fundamental, além do conhecimento e amor pelo trabalho.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy"

Tradução livre e interpretação de trechos do livro.
"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" Liana Urichuk with Dennis Anderson, The Chimo Project.

Escreva nos comentários sua opinião sobre os textos...!!

" A habilidade dos animais em dar atenção e não terem discriminação alguma, faz deles um mediador único no aumento da auto-estima dos pacientes. A aceitação de uma pessoa por parte do animal não passa por um julgamento e pelos complicados jogos psicológicos que os humanos possuem "


" ...esta caracteristica pode ser muito util para ajudar na construção da auto-estima do paciente. Um exemplo: é muito comum os pacientes comentarem como o cão terapeuta é bonito etc... estes comentários podem abrir espaço para discussão sobre padrões de beleza sobre os cães o que pode levar a discussão sobre a imagem corporal com um paciente com distúrbios de alimentação."


" Os pacientes podem aprender a respeitar o auto-controle que os animais possuem, também poderam experimentar o controle sobre os animais através de comandos de obediência e brincadeiras. Táticas de manipulação ou intimidação não funcionam com a maioria dos animais e isso pode ser usado como ferramenta terapêutica para os indivíduos que não possuem um bom auto-controle emocional..."


"...por outro lado pessoas podem achar muito estimulante conseguir ganhar a confiança de um animal, ensina-lo alguns truques e ver o cão realizando seus comandos, isso pode ser especialmente gratificante para pessoas que possuem uma baixa auto-estima..."

Comentário pessoal: Pacientes que não possuem auto-controle e são agressivos terão que aprender a se controlar para poder ganhar a confiança do animal, técnicas de adestramento são excelentes formas de colocar em prática algumas habilidades sociais como reforço positivo, empatia e paciência fazendo com que o paciente veja na pratica e de forma rápida o resultado da melhora em seu comportamento.
Da mesma forma pacientes tímidos e com problemas de auto-estima podem aprender com os cães que eles também são capazes. Através do adestramento praticar habilidades sociais que farão ter mais confiança em si mesmo.

Mas tudo isso não depende só do cão e sim de um bom terapeuta. A forma com que o terapeuta propõe as atividades, como ele trabalha os conceitos, como conduz as sessões etc... tudo isso é fundamental para conseguirmos diferentes objetivos com a mesma conduta, até a escolha do cão que ira atuar com cada tipo de paciente é fundamental para o sucesso da terapia seja ela qual for.
Um terapeuta com conhecimento, experiência e criatividade são fundamentais para o sucesso da TAC

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy"

Tradução livre e interpretação de trechos do livro.
"Improving Mental Health Through Animal-Assisted Therapy" Liana Urichuk with Dennis Anderson, The Chimo Project.

Escreva nos comentários sua opinião sobre os textos...!!



"Um animal presente nas sessões de terapia também pode ajudar aos clientes a "medirem" seus comportamentos excessivos ou emoções. Os animais parecem regular o clima emocional da sala (Fine, 2000). Por exemplo, há inúmeros relatos de clientes (de todas as idades) que medem suas reações durante as "disputas", quando um animal se encontra na sessão. Muitos clientes parecem respeitar a presença do animal e não desejam criar um desconforto no animal. Os clientes que exibem reações excessivas vão ter uma resposta imediata do animal e, muitas vezes rapidamente se acalmam. A resposta do animal a várias emoções podem ser um valioso ensino / ferramenta de discussão para o terapeuta.

Um estudo conduzido por Levine e Bohn (1986) constatou que crianças que vivem em lares onde um animal é considerado um membro da família, foram mais compreensivas do que as crianças que moram em lares onde não há um animal de estimação considerado como membro da família. Outro estudo encontrou que houve um aumento na pontuação de uma escala de empatia de crianças que participaram por um ano de atividades educacionais assistidas por cães falando sobre a relação homem e animais em um programa de uma escola primária (Ascione, 1992). Importante, estas atitudes mais humanas (para animais e pessoas) ainda estavam presentes no grupo experimental de um ano após a conclusão do programa. Também descobriram que as crianças, muitas vezes, rapidamente consideraram o animal como seus parceiros, mesmo os que não possuíam seus próprios animais de estimação. Assim, ensinando as pessoas a terem mais empatia com um animal pode ser mais fácil ensiná-los a terem mais empatia com outros humanos porque os animais não brincar com os sentimentos da forma que alguns seres humanos. Com tempo e experiência, podemos desenvolver empatia e transferi-la dos animais para os seres humanos (Levinson, 1965; Nebbe, 1994). "