segunda-feira, 31 de maio de 2010

Workshop sobre leitura assistida por cães



Excelente, um sucesso...foi assim o workshop de leitura assistido por cães que a Associação Viva e Deixe Viver proporcionou em parceria com a TAC no seu III Workshop A Descoberta do Brincar e Contar Histórias na Saúde Mental.
Não havia nenhuma pretenção de falar sobre leitura, pedagogia, técnincas de aprendizado etc... afinal isso não é minha especialidade. O que quis passar no workshop e acho que consegui foi o basico que as pessoas precisam saber para implementar um programa de leitura assistida por cães.
E esse é um dos objetivos da TAC ensinar as pessoas independente das suas especializações e areas de atuação a como introduzir o cão como mais uma "ferramenta" ou "técninca" dentro do seu trabalho.
Passei a todos algo basico sobre AETAA, beneficios, o porque de se utilziar o cão, como ele pode ser inserido nas atividades de leitura etc...
Para este worshop venho trabalhando o comando "Ler" com a Flora a uns 20 dias, ela ainda não estava pronta, o comando ainda tinha que ter reforços em um pequeno espaço de tempo, não havia cido feito com outra pessoa lendo alem de mim e minha esposa e muito menos em ambiente diferente.
Mas ao término da parte teórica fomos nós para a atividade pratica, expliquei aos alunos a situação em que a Flora se encontrava etc... Mas assim que ela viu o contador de história pegar os livros seu comportamento mudou e ja ficou atenta ao que iria acontecer. Sem combinarmos nada ele começou por uma histório onde ele só iria mostrar cartazes, algo que a FLora nunca havia feito, e não é que ela prestou uma super atenção nos cartazes, e cada vez que ele trocava de folha ela ia em direção a história quase encostando seu fucinho demosntrando um grande interesse, aproveitei e reforcei bastante seu comportamento.
Na hora da leitura a Flora se comportou muito bem, fazendo direitinho seu papel de ouvinte atenta a história, chegou a deitar sua cabeça no colo do contador e ficar olhando para o livro atentamente....um sucesso.
Muito Obrigado a nossa adestradora Sara da Equipe Tudo de Cão pelas dicas e orientação nos treinamentos da Flora.
Com o sucesso do workshop recebemos até um convite para repetir a dose em breve, vamos ver o que acontece.....

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Human-Animal Interaction Cancer Patients

Human-Animal Interaction: A Complementary/Alternative Medical (CAM) Intervention for Cancer Patients
http://abs.sagepub.com/cgi/content/abstract/47/1/55

O Câncer é causa de 1 em 4 mortes nos EUA. Hoje com o avanço da medicina o Câncer esta se tornando uma "doença cronica" na qual seus tratamento prejudicam bastante a qualidade de vida dos pacientes.
A Medicina Alternativa Complementar(CAM) foi definida em 2001 pelo Instituto Nacional do Câncer dos EUA. Estas terapias pretendem prevenir, controlar e até curar a doença assim como minimizar os efeitos colaterais da doença e de seus tratamentos.
Os pacientes diagnosticados com câncer buscam as CAM por diversas necessidades, em sua maioria querem participar ativamente do processo de cura alem de serem tratados como um ser unico em sua totalidade e não apenas um portador de uma doença.
A participaçao ativa no tratamento não quer dizer apenas tomar seus medicamentos mas tambem manter o senso de normalidade do seu dia a dia. Isso inclui, dar e receber afeto, ser necessario e ter uma interação positiva e aceitação incondicional e é nestes pontos que a Interação entre Homem e Animal da resultados.
O animal vive o presente, não julga e é leal.

Estudos mostram que o aumento de certos hormonios tem afetado diretamente o sistema iminulogico. O aumento de oxcitocina tem relações diretas a diminuição do estresse, alguns tipos de estimnulação sensorial tambem podem liberar oxcitocina assim como a musica que tem o poder de liberar endorfina proporcionando alivio da dor.

O Instituto Nacional de Saúde (EUA) define a interação Homem-Animal como uma intervenção CAM mente e corpo. Processo que visa facilitar a capacidade mental em influenciar as funções do corpo e seus simtomas.
As primeiras pesquisas (Muschel, 1984) demonstram a capacidade na redução de ansiedade e "desespero" que a interação entre homem e animal pode proporcionar.
Estes efeitos são influenciados pela ação fisiologica ocorrida durante a interação positiva entre homem e animal que liberam dopamina, oxcitocina, prolactina, endorfina e reduz o cortisol tanto no homem quanto no cão participantes da interação(Odendaal, 1999).
Estas ações fisiológicas são responsaveis pela aumento do senso de controle do paciente, auxilio na busca de esperança, aumento da qualidade de vida e potencialmente redução de estresse, ansiedade e depressão assim como outras técnincas CAM como hipnose, aromaterapia, massagem....

A Interação Homem Animal pode auxiliar os pacientes com Câncer a enfrentar alguns processos tipicos da doença como, distração, perda da esperança, foco em ações positivas, distanciamento e um suporte social deficitario. Tambem pode auxiliar nos efeitos colaterais que a doença traz, principalmente os de ordem psicologica como medo, ansiedade, apatia, alteração da imagem corporal e estresse.

Esta pesquisa "piloto" possui dois objetivos: avaliar a aceitação dos pacientes internados com câncer de uma visita de um cão treinado e seu condutor e avaliar a confiabilidade do instrumento de avaliação desenvolvido para identificar os beneficios da visita.
O estudo foi aprovado pela University of Missouri–Columbia, Health Sciences Center Institutional Review Board, realizada com 30 individuos maiores de idade, hospitalizados e capazes de ler e escrever em Ingles.
Foram realizadas sessões de 15 minutos com um cão treinado e apto para o trabalho acompanhado de seu condutor, uma visita de um humano "amigavel" e leitura de uma revista escolhida pelo paciente. Na visita com o cão o condutor ficou presente no quarto porem não interagiu com o paciente, apenas apresentou o cão e a si mesmo. Na visita da pessoa amigavel esta deveria desenvolver uma conversa que não toca-se em nenhum assunto relacionado a doença do paciente.
A amostra foi de 12 homens e 18 mulheres. 17 pessoas possuiam cães sendo que 10 delas eram responsaveis integrais pelo animal, 5 não eram responsaveis pelo animal e 2 eram responsaveis junto de uma outra pessoa pelo animal.
Baseado na revisão bibliografica foi desenvolvido o Intervention Questionnaires
(IntQ’s) buscando avaliar o quanto as interveções poderiam auxiliar os participantes.

Devido a pequena amostra as diferenças estatisticas entre a visita de um humano e do cão não corresponderam ao que foi constatado durante as intervenções.
Exemplo: participantes da interação com o cão deram mais respostas positivas, em compração aos que receberam visitas humanas, sobre como a visita deixou seu tratamento mais facil e o fez sentir melhor. Tambem classificaram melhor o cão quanto a confiança e como um amigo.
Um maior numero de participantes classificou o cão como sendo alguem que gostaria de rever no futuro, que contaria a seus amigos a visita que recebeu e que iriam se lembrar quando saissem do hospital.
Tambem relataram que o cão lhe deu energia, o consolou e fez se sentir feliz.
Alguns relatos: “It would help make people happy for a
while, taking their mind off everyday life” “It lifted my spirits, brightened
my day” “I think this is a good program for people to take their
mind off of their troubles”

Este estudo abre portas e questão sobre novos e mais profundos estudos sobre os beneficios da interação homem animal com pacientes internados com câncer.
Muitos estudos falam das relações positivas e beneficios da interação homem animal, mas ainda ha muito o que se estudar e descobrir utlizando metodologias confiaveis e grandes grupos de individuos.

Muitos grupos de pacientes imunodeprimidos são orientados a não ter animais de estimação ou mesmo se livrar dos que possui. O fator risco X beneficio deve ser considerado pelos profissionais da saúde quando indicarem a um paciente não possuir animal de estimação.


Fóra do texto gostaria de indicar um site que possui um guia de como pacientes imunodeprimidos devem lidar com seus animais de estimação, um excelente site com um ótimo conteudo a respeito: www.pawssf.org

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Assasinato

A palavra é forte, mas como descrever uma coisa tão barbara!?

No começo do ano quando retornamos nossas atividades no Recanto da vovó, encontramos no portão dois simpaticos cachorros, um filhotão inteiro preto cruza de pastor mas com pelo bem curtinho e uma pequena descabelada novinha mas ja não era filhote. Muitos simpaticos fiquei um pouco preocupado com relação a possiveil transmissão de doenças para os cães terapeutas, então evitavamos o contato entre eles, mas os dois eram muito simpaticos com nós e com os cães. O recanto sabe o trabalho que realizamos e a importancia da saúde dos cães, então logo providenciaram a castração deles e começaram a cuidar dos pequenos, que ficaram fortes e bonitos rapidamente.
Ambos ficavam na frente do Recanto, as vezes tinham a companhia de um outro cachorro adulto porem um pouco mais arredio.
Nos acostumamos com eles e eles com agente, não entravam no asilo mesmo o portão ficando aberto, e digamos assim, respeitavam a Flora e a Filo não interagindo muito com elas, só uma cheiradinha de boas vindas.

Como em alguns outros dias quando cheguei hoje eles não estavam por la, mas nada de anormal. Começamos a sessão, fui chamando as idosas que ainda estão encolhidas pelo frio da manhã. Sr. Antonia uma italiana um pouco esquecida mas amante fervorosa dos cães me encontrou no caminho, e logo veio me contando "sabe a cachorrinha la de cima, mataram ela com dois tiros"...."se eu fosse deus os cães iriam pro céu e os homens para a guerra"...." como podem fazer isso com os bichinhos".... eu muito cauteloso pois ja ouvi grandes histórias frutos de uma mente com alguns disturbios conversei com ela a respeito e fui apurar os fatos.
E para minha surpresa tudo verdade, a cachorrinha foi encontrada com dois furos literalmente, e segundo o caseiro da casa da frente ele ouvio a noite dois tiros.
Me pergunto, o que leva um infeliz a fazer isso? sera que ele tentou entrar no Recanto e ela latiu? estava passando para efetuar algum assalto na região e foi surprendido pelos cães? ou simplesmente atirou na cachorrinha para testar sua arma? FILHO DA PUTA....(não tem outra palavra para descrever esta besta humana).
O outro cão não fica mais na frente do Recanto, entrou para dentro do asilo e se esconde nos fundos da instituição onde tem uma mata bem grande. Segundo um dos funcionarios se trazer ele para frente começa a gritar e sai correndo.
O que sera que ele viu?
Infelizmente conto isso a vc´s como forma de um desabafo....fico indignado com capacidade de fazer o mal das pessoas independente a que ou a quem.
Não gosta de cachorro, não chega perto, ele avançou em vc chuta ele, joga pedra sei la qualquer coisa, mas não dar dois tiros e matar um animal que não tem culpa da ignorancia dos seres humanos.
Não sou protetor, não pego cães de rua e levo para casa, não acho que devemos tratar os cães como pessoas, não sou nenhum ativista da causa animal.
Tenho sim um grande respeito e amor por eles, cães são cães e devem ser tratatos como tal para sua propria saúde mental, mas não ha como não ficar indignado com o fato.
Rezo para que estes pequenos que sofrem pela idiotice humana voltem todos como cães terapeutas para ajudar nos humanos a sermos pessoas melhores, e aprendermos algo que eles sabem muito bem, respeito e amor incondicional.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Donos de cães e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

The Medical Journal of Australia Vol 157 Setembro, 1992
Estudo realizado no "Baker Medical Research Institue´s Risk Evaluation Clinic" em Melbourne - Australia. Com pacientes que procuraram o serviço do Instituto entre 1987 e 1990.
Foi administrado um auto questionario para valiar o estilo de vida dos participantes. Foi avaliado tambem a PA (pressão arterial) e colhida uma amastra de sangue para avaliar triglicerides e colesterol.
Foram avaliadas 5741 pessoas entre 20 e 60 anos.
784 se identificaram como donos de um ou mais animais de estimação (476 cães, 421 gatos, 136 passaros, 106 peixes, 28 cavalos, 48 outros animais)
Na soma dos resultados para ambos os sexos a pressão sistolica (p=00.3) e niveis de triglicerides (p=0.004) tiveram significativa diferença entre donos e não donos de animais de estimação.
Para os homens a pressão sanguinea sistolica esteve mais baixa em todas as faixas etarias dos proprietarios de animais de estimação.
Nas mulher não foi significativa a diminuição na pressão se comparada com donas e não donas de animais de estimação. Apenas na faixa etaria de 40 anos é que houve significancia na redução da pressão sanguinea sistolica nas mulheres.
Não houve diferença significativa na pressão diastolica entre donos e não donos de animais de estimação de ambos os sexos.
Para Colesterol e Triglicérides houve a constatação de niveis até 13% mais baixo em homemns donos de animais de estimação..
No questionario de riscos cardiovasculares, donos de animais de estimação ingerem mais alcool que não donos, reportam tambem serem mais ativos que os não proprietarios.
O artigo sugere que o fator dos donos de cães terem PA, colesterol e triglicerides mais baixos é que os donos de cães são mais ativos fisicamente devido aos passeios que realizam com seus cães.
Muitos fatores podem estar associados a pressão arterial e concentração de gorduras no sangue.
O estudo não pode comprovar que a aquisição de um animal de estimação pode diminuir os riscos cardiovasculares de um inidividuo. Mas de acordo com Serpell a aquisição de um animal de estimação esta relacionda a diminuição de problemas de saude menores e na melhora de teststespsicologicos de bem estar.